Topo

Lista dos 40 carros mais beberrões tem esportivo, familiar e até compacto

Do UOL, em São Paulo (SP)

27/01/2015 22h12

Há uma semana, UOL Carros mostrou que apenas 26% dos carros vendidos no Brasil recebem selo de baixo consumo de combustível e emissão de poluentes, conferido pelo programa de brasileiro etiquetagem energética (PBE) de Inmetro, Conpet, Petrobras, Ibama e outras associadas. Ou seja, apenas 152 de 583 carros (de 36 marcas) avaliados obtiveram nota A. Agora, em outra análise, elencamos aqueles que gastam e poluem mais: são 40 modelos com nota E (a pior possível). Surpresa: nem só (super)esportivos e SUVs compõem a lista, que traz também compactos, hatches e sedãs médios e monovolumes.

Há um "campeão" fácil de ser apontado: é o musculoso e mal-encarado Lamborghini Aventador, carro que custa R$ 2,8 milhões na versão cupê e R$ 3,6 milhões para o conversível (segundo a Fipe), equipado com motorzaço V12 de 700 cavalos -- equivalente à potência somada de 8,5 motores de Volkswagen up! (um 3-cilindros 1.0 de 82 cv). As médias registradas pelo Inmetro foram de 3,3 km/l de gasolina na cidade, subindo a 6,8 km/l na estrada. São até otimistas para um superesportivo que ultrapassa qualquer limite legal do pais: o 0-100 km/h dura 2,9 segundos e a máxima é limitada a 350 km/h.

O que dizer, porém, do Fiat 500 MultiAir, com motor 1.4 flex? A versão topo do compacto "chique" mexicano teve anotado o consumo de 6,9/8,3 km/l (cidade/estrada) para etanol; foi melhor com gasolina: 10/12,1 km/l, mas mostrou que ser pequeno não é sinônimo de ser econômico. A configuração Abarth, esportiva (motor 1.4 turbo, só a gasolina), também teve nota E, mas aí também damos o desconto da esportividade...

Lamborghini Aventador - Divulgação - Divulgação
Aventador é o mais beberrão do país, mas trata-se de um superesportivo com 700 cv
Imagem: Divulgação
Salta aos olhos ainda, ainda o mau desempenho de modelos que chegarão ao mercado em breve, mas já foram classificados pelo Inmetro. O novo Bravo fez 6,4/7,5 km/l com etanol, 8,9/10,9 km/l com gasolina, na versão com câmbio manual (a Dualogic se portou um pouco melhor). O inédito BMW Série 2 Active Tourer, modelo familiar rival do Mercedes-Benz Classe B, também foi "carimbado" com a nota E: 8,8/12,2 km/l (cidade/estrada) com gasolina. Há ainda o Série 1 com o motor 2.0 turboflex que já equipava o Série 3 desde o fim de 2013 -- mas o acerto mais esportivo da versão 125i faz estragos no posto de combustível: 6/8,3 km/l (cidade/estrada) com etanol; 8,6/11,8 km/l com gasolina.

ADESÃO VOLUNTÁRIA
Esta é a 7ª edição do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). A adesão das montadoras é voluntária, ou seja, cada uma decide se vai fornecer seus carros para as medições. O primeiro PBEV, em 2008, teve apenas cinco participantes.

Todos os 587 modelos/versões avaliados pelo Inmetro poderão trazer em suas unidades zero-quilômetro a etiqueta que os classifica (de A, melhor, a E, pior) quanto à eficiência energética na sua categoria, além de fornecer informações sobre consumo (km/l) urbano e rodoviário e emissões.