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IPI de carros volta ao "normal" no dia 1º, e carro 1.0 deve subir 4,5%

Fiat Palio Fire Way é exemplo de carro 1.0 que pode ter seu preço aumentado em 4,5% - Murilo Góes/UOL
Fiat Palio Fire Way é exemplo de carro 1.0 que pode ter seu preço aumentado em 4,5% Imagem: Murilo Góes/UOL

Do UOL, em São Paulo (SP)

30/12/2014 17h04Atualizada em 31/12/2014 18h08

O IPI dos veículos finalmente voltará às alíquotas "normais" nesta quinta-feira, 1º de janeiro de 2015. Para aquecer a economia nacional, o imposto estava reduzido desde maio de 2012, mas com gradual recomposição dos valores.

A medida não foi eficaz para estancar uma queda de 0,9% nos emplacamentos de carros e utilitários leves em 2013 ante 2012 (quando houve recorde nas vendas), mas talvez tenha evitado cenário pior. (Este ano o mercado deve recuar 10% ante 2013.)  

As alíquotas são as seguintes:

Carro com motor flex até 1 litro -- 7%
Flex, de 1.0 a 2.0 -- 11%
Somente a gasolina -- 13%

Elas deveriam ter voltado a esses valores em julho, mas houve adiamento no re-reajuste.

A Anfavea (associação das fabricantes) estima que o impacto no preço dos carros que terão alíquota de 7% pode chegar a 4,5%. Ou seja, um carro que hoje custa R$ 30 mil pode ter aumento de R$ 1.350; um de R$ 40 mil, de R$ 1.800. Na verdade, é difícil prever o que acontecerá com os preços; a decisão é de cada empresa, como já afirmou o próprio Luiz Moan, presidente da Anfavea.

O executivo também descartou impacto negativo nas vendas em 2015.

Alguns modelos já tiveram reajuste. É o caso do Chevrolet Onix, um dos cinco carros mais vendidos do Brasil. A versão básica ficou R$ 1.800 mais cara, e as demais, cerca de R$ 1.000, segundo o site Carplace.

O outro lado da moeda é que muitas concessionárias devem manter os preços pré-IPI em promoções ao longo de janeiro e até fevereiro -- uma maneira de queimar os estoques de veículos já faturados junto às fábricas. A dica (de resto, óbvia) é pesquisar muito antes de fechar negócio, além de barganhar descontos e "brindes" (insulfilm, tapetes etc.) com os vendedores.

Também se espera que seja mais fácil para o consumidor obter crédito para financiar um carro novo, já que as regras para retomada do bem em caso de inadimplência foram endurecidas -- em favor dos financiadores. Ou seja, ficou menos arriscado emprestar dinheiro.