Fiat terá seis novos carros em dois anos; Jeep quer 200 lojas no Brasil
A Fiat está otimista e preparada para manter o posto de líder absoluta em seu principal mercado, o Brasil. Para tanto, projeta lançamentos para o biênio 2015-16, vai bombar a marca Jeep no ano que vem e já usa, neste final de 2014, números de desempenho da FCA (Fiat Chrysler, somando vendas de Fiat, Chrysler, Jeep, Dodge e RAM) para ampliar a diferença para rivais General Motors, Volkswagen e Ford -- todas as grandes perderam participação no mercado, mas a manobra ajuda a marca a permanecer folgada na ponta, com 21,3% de participação (pelos dados apenas da Fiat na leitura da Fenabrave, o número pode ficar abaixo dos 20%).
Com o surgimento da nova fábrica do grupo em Goiana (PE) -- que será predominantemente de sua submarca Jeep, está com cerca de 90% de suas obras completas e terá o título de unidade mais avançada do grupo no mundo -- a empresa espera dar um passo importante para alcançar seu objetivo de manter na liderança de mercado brasileiro mais que duplicado em 20 anos. Segundo estimativas de mercado levantadas pela empresa, o Brasil verá sua relação sair dos atuais 5 habitantes/carro para 2,7/carro no cenário mais pessimista (os melhores números cravam cerca de 2 habitantes/carro) até 2034. Em outras palavras, em duas décadas, saltaremos de 3,4 milhões para 7,5 milhões de emplacamentos/ano.
A saída para se manter viva e, principalmente, à frente de um mercado que terá ainda novos competidores -- inclusive fabricantes de modelos de luxo -- é reforçar a rede e ter lançamentos programados e constantes. A curto prazo, o grupo FCA promete lançar até o final de 2016 oito modelos novos: seis da Fiat, dois da Jeep, sendo um deles o já conhecido Renegade, apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo e programado para ganhar as ruas no começo de 2015.
FIAT: ADEUS WEEKEND E IDEA
Das novidades da Fiat, apenas a picape média (mostrada no Salão de SP 2014 sob formato conceitual) já começa a deixar a fase embrionária para virar realidade. Fontes da marca, que preferiram não se identificar, revelaram a UOL Carros na manhã desta segunda-feira (15) que "em breve" o modelo deve começar a rodar pelo Brasil para testes de homologação, ainda bastante camuflado, mas já em sua real estrutura; até então os flagras registrados foram de "mulas".
Sobre os outro cinco modelos, só especulação. O sedã Viaggio (derivação Fiat do americano Dodge Dart), uma nova geração do Punto e os modelos da divisão de luxo Alfa Romeo são outros que rondam este limbo. Também estariam na lista de "novidades" um city car que substituiria de vez o Palio Fire, que em 2014 lacrou o caixão do Mille, e a nova geração do Grand Siena.
É certo para a marca que o monovolume Idea e a perua Weekend já não têm a combatividade de antes e podem estar perto da aposentadoria. Isto não ocorreria, porém, neste prazo inicial de dois anos, mas os novos carros já serão vistos na rua em cinco anos. O exemplo a ser mirado -- e isso foi citado textualmente -- é o da GM, que trocou a dupla Meriva/Zafira pelo monovolume Spin, com opção de cinco e sete lugares, para vender mais do que vendia antes e dominar o segmento.É o que a Fiat pretende fazer.
Muito se falou sobre os europeus 500X (versão "Fiat" do Jeep Renegade) e do próprio 500L (derivação mais familiar do modelo) para este nicho, mas a marca praticamente descartou seu uso no Brasil por conta do custo final. "Chegamos a testá-los no Brasil, eles rodaram camuflados, mas a conta não fechou", revelou outra fonte. "Teremos de ter uma solução local".
Junto com o crescimento da gama, a Fiat promete ultrapassar a barreira de 600 concessionárias no Brasil até o final de 2015.
JEEP VAI BOMBAR
A Jeep, submarca aventureira da Chrysler -- que desde a virada de 2013 para 2014 pertence à Fiat --, é a empresa que mais deve crescer no Brasil no ano que vem. O grupo promete abrir cerca de 200 novas lojas apenas para submarca de jipes (número maior que o de marcas francesas atuantes no Brasil e pouco menor que o da Ford, quarta colocada no cenário nacional, que possui cerca de 300 revendas), já que o Renegade, primeiro modelo a sair de Goiana, será o grande responsável por (finalmente) colocar todo o grupo Fiat dentro do segmento de SUVs compactos, um dos mais importantes do mercado brasileiro para os próximos anos.
Além dele, a Jeep promete fabricar outro modelo em terras pernambucanas até 2016. Neste cenário, é possível imaginar que seja o substituto do Compass, já que Cherokee e Grand Cherokee foram recentemente atualizados e têm estrada longa para rodar antes de uma próxima reformulação.
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