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Ford anuncia Mustang Shelby GT350 com motor mais forte da história

Ford Mustang Shelby GT350: tudo pela performance, nada pela aparência - Divulgação
Ford Mustang Shelby GT350: tudo pela performance, nada pela aparência Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo (SP)

17/11/2014 17h45

A Ford confirmou nesta segunda-feira (17) a volta do Mustang Shelby GT350, cuja última encarnação é de 1969-70. O carro traz o motor aspirado mais potente da história da marca. O nome é referência a Carroll Shelby, engenheiro/preparador independente que ajudou a dar alma esportiva ao muscle car da marca americana. Ele morreu em 2012, cinco anos depois de a Ford incorporar a grife.

Os dados precisos não foram divulgados, mas o novo Mustang GT350 oferece potência acima dos 500 cavalos e torque máximo de mais de 55 kgfm -- este, segundo a Ford, disponível numa ampla faixa de rotações. O propulsor é um V8 de 5,2 litros, dotado de virabrequim plano (típico de carros de pista) e câmbio manual de seis velocidades.

Ford Mustang Shelby GT350 - Divulgação - Divulgação
Por aerodinâmica, capô do Shelby GT350 "embrulha" motor (repare no ressalto)
Imagem: Divulgação
O GT350 (não confundir com o GT500, mais potente, mas sobrealimentado) está sendo anunciado como ano-modelo 2016, o que sugere que estará exposto no Salão de Detroit, em janeiro próximo, como grande atração da Ford -- o Mustang civil, oferecido com motores 2.3 Ecoboost, 3.7 V6 e 5.0 V8, já está no mercado dos Estados Unidos; o conversível será o próximo a chegar às revendas de lá.



O modelo, provavelmente apenas na variante V8 de teto ffixo, é esperado no Brasil via importação oficial da Ford em 2016 -- embora se tenha falado recentemente sobre um possível lançamento já em 2015.

Mas é mera especulação, já que o motor (qualquer um dos três) precisa ser adaptado à gasolina brasileira, a qual tem quase 1/4 de etanol, e para outros mercados isso não é necessário (o Mustang é produzido numa única fábrica, nos EUA, e daí imagine-se a "prioridade" dada a sua "tropicalização"). Outra questão é a turbulência político-financeira no Brasil, que já leva o dólar além dos R$ 2,60.

De acordo com a Ford, no início do desenvolvimento do GT350 definiu-se que um motor V8 naturalmente aspirado e de alto giro seria a melhor opção para um Mustang focado nas pistas. "O produto final é um motor totalmente inédito e exclusivo do GT350, que aproveita a dinâmica do novo chassi do carro", diz Jamal Hameedi, engenheiro-chefe de Veículos Globais de Performance.

Uma das principais alterações do GT350 em relação ao Mustang apresentado em setembro (e já guiado por UOL Carros) é o capô dianteiro, feito em alumínio e "embrulhado" em volta do motor -- segundo a Ford, esta e as demais modificações externas têm função aerodinâmica (reduzir a resistência ao ar e otimizar as forças que "prendem" o Mustang ao chão). Nada foi feito só para enfeitar.