Salão de SP vira "feirão" de carros e terá até pista para test-drive
Se a organização do Salão do Automóvel de São Paulo alterasse o nome da edição 2014 para Feirão do Automóvel de São Paulo, não seria nenhum exagero. Com o ano fraco em vendas (a queda, no acumulado até setembro, está em 8,9%), as montadoras depositam na exposição fortes esperanças de amenizar as perdas no último trimestre, fechando dezembro com índices menos negativos.
"O salão sempre ajuda a aquecer o mercado. Historicamente, percebemos que o crescimento [das vendas] nos últimos meses dos anos pares [em que o evento é realizado] é sempre maior que nos ímpares", apontou o presidente da Anfavea (associação das fabricantes de carros do Brasil), Luiz Moan, durante apresentação sobre o evento realizada nesta sexta-feira (10), em São Paulo (SP). Organizadores e montadoras resolveram deixar de lado o "espírito" da mostra, de ser uma espécie de desfile de novidades e tendências, para liberar de vez algo que antes só era feito por marcas de luxo: transformar estandes em "concessionárias", onde visitantes poderão negociar a compra de carros novos.
Nenhuma marca confirmou que adotará a tática até o momento, mas todas têm o aval dos organizadores para tal. "Não há nenhuma restrição para que marcas e consumidores fechem negócios no salão. Cada fabricante tem liberdade para proceder da forma que achar melhor", disse a UOL Carros Paulo Octávio Pereira de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibition Alcantara Machado, promotora do Salão.
Nesta edição, a organização vai montar pela primeira vez um circuito interno de test-drive, ao lado do Pavilhão do Anhembi, aproveitando um trecho do traçado usado pelas corridas de Fórmula Indy. Com cerca de um quilômetro de extensão, a pista é isolada do trânsito. Volkswagen e Toyota já confirmaram que usarão o espaço, e outras marcas devem fazer o mesmo até a abertura, no próximo dia 30.
PREPARATIVOS
Assim como nas edições anteriores, o Salão de São Paulo 2014 deve atrair cerca de 750 mil pessoas e movimentar R$ 250 milhões só com a chegada de turistas, responsáveis por um terço das visitas. "Não dá para crescer mais devido às limitações do espaço físico", admitiu o vice-presidente da Reed.
Além da estagnação, a manutenção do Anhembi deve acarretar velhos problemas de logística, como falta de estacionamento (são só 4.578 vagas no pavilhão) e trânsito complicado nos horários de pico. Para amenizar essas questões, a Prefeitura vai disponibilizar ônibus gratuitos para acesso ao local, saindo das estações Portuguesa-Tietê (linha 1-Azul), em dias de semana, e Palmeiras-Barra Funda (linha 3-Vermelha), nos finais de semana.
Os promotores também prometeram acabar com o "efeito estufa" sentido por quem visita o pavilhão nas duas semanas de evento. Parte dos investimentos de R$ 26 milhões foi destinada à inclusão de 145 máquinas climatizadoras, que devem reduzir entre 4°C e 10°C a temperatura interna em relação à externa.
Com os quatro primeiros lotes de ingressos antecipados já esgotados, a organização teve de disponibilizar um lote extra para suprir a demanda. Os preços estão em R$ 30,60 (preço especial para o dia de abertura ao público), R$ 45,90 (dias de semana) e R$ 61,20 (finais de semana). Fãs da página do Salão do Automóvel no Facebook ganham descontos de até 30% na aquisição.
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Outra novidade do Salão de São Paulo é que todos os visitantes podem concorrer a um passeio a bordo de uma Ferrari 355 Berlinetta ou um Porsche 911 Carrera. Para isso, basta apresentar o ingresso no estande "Drive For Fun" e se inscrever. A organização vai sortear 11 passeios, sendo um por dia de visitação do público.
SERVIÇO
Salão do Automóvel de São Paulo 2014: de 30/10 a 09/11
Abertura oficial: 30/10 (12h)
Horários para o público: 30/10 (14h às 22h); 31/10 a 08/11 (13h às 22h); 09/11 (11h às 19h)
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