Renault se une a bilionário francês para alavancar produção de elétricos
Na busca por espaço no mercado de veículos que usam energia alternativa, a Renault se uniu ao bilionário Vincent Bolloré, nono homem mais rico da França, com uma fortuna pessoal estimada em US$ 5,9 bilhões, para montar em sua fábrica de Dieppe (França), a partir do segundo semestre de 2015, o Bluecar, modelo movido totalmente a eletricidade patenteado pela companhia do magnata. O anúncio foi feito nesta terça-feira (9).
As empresas estabelecerão ainda uma joint venture, com participação de 70% do Grupo Bolloré e 30% da Renault, para fornecer serviços de compartilhamento de carros na França e em outros lugares da Europa. A parceria viabilizará também um estudo para que a Renault produza um veículo elétrico de três assentos, equipado com baterias da Bolloré. O acordo surge depois da confirmação de que a fabricante francesa e sua parceira, a japonesa Nissan, não cumprirão as metas de vender 1,5 milhão de carros elétricos em conjunto até 2016, apesar dos investimentos de 4 bilhões de euros (R$ 11,7 bilhões) já garantidos para o desenvolvimento dessa tecnologia a médio prazo. Em 2013, por exemplo, a marca do losango entregou apenas 19.093 automóveis e comerciais leves elétricos no mundo, de um total de 2,63 milhões de unidades comercializadas.
Desenvolvido pelo estúdio italiano Pininfarina, o Bolloré Bluecar tem autonomia de até 241 quilômetros por recarga, e é usado no programa de compartilhamento de carros em Paris. Atualmente, o compacto de quatro lugares é montado em Turim (Itália) por outra empresa daquele país, a Cecomp. As duas novas parceiras não divulgaram os valores envolvidos no acordo, nem as metas de produção.
EXPANSÃO GLOBAL
Além da Renault, a Bolloré tenta garantir um serviço similar de compartilhamento em Indianápolis (Estados Unidos), oferecendo seu modelo a mercados como o americano e também o chinês. O grande trunfo do bilionário está nos custos: as baterias produzidas por sua companhia, na província francesa de Bretanha, são mais baratas que as células de íon-lítio usadas em outros elétricos, deixando o preço de seu compacto bastante competitivo.
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