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Museu da Porsche é passeio para fãs da marca, mas deve modernidade

Leonardo Felix

Colaboração para o UOL, em Stuttgart (Alemanha)

27/07/2014 14h11

Indo de Munique (Alemanha), pela autoestrada E52, é preciso praticamente contornar os limites de Stuttgart, a sul e oeste, até chegar à rotatória da avenida Schwieberdinger com a Strohgäus. De repente, surge à vista um edifício diferente, de linhas futuristas, cujo letreiro alto e bem legível não deixa dúvidas: você chegou ao Museu da Porsche.

Aberto em 2009, o espaço acomoda mais de 80 veículos construídos ao longo dos 83 anos da marca, fora outros projetados antes disso por Ferdinand Porsche. Há também exposições especias, exatamente como num museu de arte. A entrada custa 8 euros (R$ 24) -- crianças pagam metade -- e o estacionamento, 4 euros (R$ 12). Há estações de trem e metrô a poucos metros dali.

Se, por fora, a arquitetura impressiona, por dentro a visitá vale para quem é fã da Porsche. UOL Carros, no entanto, esperava um pouco mais de interatividade no processo de contar a história da fabricante e de seus modelos.

Há espaço para carros de outras montadoras no museu, desde que tenham o dedo do fundador da marca no projeto. É caso do Fusca, da parceira de longa data e atual proprietária da Porsche, Volkswagen - Leonardo Felix/UOL - Leonardo Felix/UOL
Há espaço para carros de outras montadoras no museu, desde que tenham o dedo do fundador da marca no projeto. É caso do Fusca, da parceira de longa data e atual proprietária da Porsche, Volkswagen
Imagem: Leonardo Felix/UOL
Tirando uma sequência de "cabines abertas" que permitem ouvir o ronco de alguns motores, pouco se aguça outros sentidos que não sejam a visão ao longo da visita. Algo simples demais para o que o estilo do prédio prometia.

O museu, em si, tem dois pavimentos, dispostos sempre em aclive, o que leva o visitante a subir o tempo inteiro, como se escalasse junto com a marca o caminho da evolução. E a disposição dos itens é bem definidamente cronológica: começa com o Modell C.2 Phaeton, o primeiro protótipo feito por Ferdinand -- que implantou um motor elétrico em um chassi Hof-Wagen-Fabrik em 1898 --, e segue até fechar com os modelos atuais, sendo o último deles o crossover Macan (já experimentado por UOL Carros).

Até o cardápio do restaurante mantém o visitante no clima da velocidade - Leonardo Felix/UOL - Leonardo Felix/UOL
Até o cardápio do restaurante mantém o visitante no clima da velocidade
Imagem: Leonardo Felix/UOL
Nos cantos, estão expostos os carros de produção; ao centro, conceitos e modelos de competição ficam dispostos em "trilhas" que simulam uma pista de corridas. Também há espaço para peças, motores e projetos nunca concluídos (estes últimos ficam sempre fechados em aquários).

Finda a visita, ainda é possível fazer um curso de mecânica na oficina ou pedir uma boa refeição no restaurante do museu, ambos localizados no térreo. Os pratos recebem nomes de modelos da marca, como o macarrão Panamera (penne à bolonhesa), o Turbo (schnitzel) ou o 9911er (um tipo de ravióli), e custam na faixa de 15 a 20 euros (R$ 45).

Atravessando a rua, uma imensa concessionária da Porsche oferece souvenirs a todos os gostos, para aquele visitante que quer ir embora levando lembranças tanto na memória quanto na bagagem.

PARA VISITAR
Preço: 8 euros (crianças pagam meia)
Horário: Terça a domingo, das 9h às 6h
Endereço: Porscheplatz 1; 70435 Stuttgart-Zuffenhausen
Estação mais próxima: Neuwirtshaus/Porscheplatz S-Bahn
Telefone: 0049(0)711-911-20-911
E-mail: info.museum@porsche.de
Site (em inglês): http://www.porsche.com/museum/en/