Nissan mostra o Pulsar, hatch médio que enfrenta Golf e Focus na Europa

A Nissan revelou nesta terça-feira (20) como será o Pulsar, seu novo hatchback médio que desafiará, na Europa, modelos consolidados e veteranos, como Volkswagen Golf e Ford Focus. Claramente o dois-volumes tenta pegar carona no sucesso do crossover Qashqai no Velho Continente -- a plataforma é a mesma. Por lá, a Nissan não tem um carro neste segmento desde 2006.

A fabricação do Pulsar será em Barcelona (Espanha). As vendas devem começar em setembro, e parece evidente que uma apresentação no Salão de Paris, no mesmo mês, fará parte da estratégia midiática da Nissan. Não há previsão de lançamento do modelo no Brasil.

A montadora não divulgou o comprimento do Pulsar, mas declarou entre-eixos de 2,7 metros, medida que deve garantir um belo espaço interno para quatro adultos grandes (o teto elevado, numa solução que lembra o antigo Tiida, é outro fator importante).

Pelo menos em uma das futuras versões da gama, o hatch será equipado com um conjunto de sistemas denominado Safety Shield (literalmente, "escudo de segurança"), que inclui detecção de obstáculos móveis, aviso de perda de faixa de rodagem e de ponto cego; faróis de LED também estão na lista de equipamentos, mas não ficou claro se para todos os pacotes.

A gama de propulsores inclui unidades de 1,2, 1,5 e 1,6 litro, todas sobrealimentadas com turbo; a maior delas deve entregar abundantes 190 cavalos de potência.

O ponto discutível do Pulsar é o design. Tipicamente oriental, lembra um SUV urbano compacto adaptado à lógica de um hatch. A dianteira, alinhada ao restante do portfólio global da Nissan, também não é das coisas mais emocionantes que se pode encontrar no mercado. Devido aos ângulos e vincos, entre os hatches europeus o Pulsar está mais para Clio IV que dos rivais extra-grupo (Renault e Nissan têm aliança). Verdade que o Golf 7 é "simples", mas desse jeito a reestilização do Focus 3 reinará sozinha no segmento.

O nome Pulsar, emprestado da astonomia, não é inédito: a Nissan o utiliza desde 1978 em modelos de mercados periféricos.