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Jeep melhora câmbio do Grand Cherokee Diesel e esquece do preço

André Deliberato

Do UOL, em Campos do Jordão (SP)

28/04/2014 07h00

Três meses após a apresentação da nova linha Grand Cherokee, com cara nova e motor a gasolina, a Jeep, uma das submarcas da Chrysler (agora controlada pela Fiat), apresentou na última semana a configuração a diesel do SUV norte-americano. Com visual renovado idêntico ao da versão a gasolina, o Grand Cherokee diesel tem pacote único de acabamento, Limited, por R$ 239.900 (!).

Na calculadora, está R$ 20 mil mais caro -- quase um Fiat Palio Fire 2014 -- que o modelo anterior vendido até o começo do ano. A configuração passa a atuar como topo da gama, uma vez que a opção a gasolina tem dois pacotes e preços mais baratos (R$ 185.900 para o Laredo e R$ 214.900 pelo Limited).

O QUE MUDA
A principal novidade do Grand Cherokee Diesel 2014 é o câmbio automático de oito marchas da alemã ZF -- o anterior utilizava uma transmissão de seis velocidades. O motor é o elogiado e conhecido V6 turbodiesel 3.0 de 241 cv (a 4.000 rpm) e 56 kgfm de torque (entre 1.800 e 2.800 rpm).

Segundo a Jeep, a nova caixa de transmissão, com recurso Eco Mode, melhora o consumo médio do carro em até 10% -- a autonomia máxima, garante a empresa, é superior a 1.400 quilômetros. De acordo com medições europeias, o consumo médio passou de 12 km/l para 13,3 km/l. No ciclo rodoviário, a fabricante afirma que o SUV é capaz de fazer 15,4 km/l. O tanque tem 93,1 litros.

A tração Quadra-Trac 2, 4x4 permanente, utiliza o sistema de gerenciamento de tração Selec-Terrain, que possui quatro modos de operação: lama (para terrenos muito acidentados e escorregadios); auto (sistema se adapta a qualquer condição); neve (tração é adaptada para oferecer melhor rendimento em pisos sem aderência); e pedra (caixa de transferência, diferenciais e acelerador são coordenados para oferecer o máximo controle em baixa velocidade).

Para ver a ficha técnica completa, clique aqui.

Jeep Grand Cherokee Limited Diesel - Murilo Góes/UOL - Murilo Góes/UOL
Capacidade offroad é uma das características mais tradicionais da Jeep
Imagem: Murilo Góes/UOL
EQUIPAMENTOS
Entre os itens de série inéditos oferecidos pelo modelo 2014 estão um novo volante, quadro de instrumentos com tela em TFT de sete polegadas, tela multimídia de 8,4 polegadas no painel, GPS, leitor de bluray e duas telas traseiras de alta definição. A central multimídia, chamada de Uconnect pela Jeep, já oferecia entradas auxiliar, USB e SD e conexão Bluetooth desde o 2013. O sistema de som é da Alpine, com nove alto-falantes e um subwoofer. 

(Confira o conteúdo completo do carro no final desta reportagem).

Entre os itens de segurança estão o assistente de partida em aclives e declives, controle eletrônico de estabilidade (ESC), auxílio de frenagem, controle de oscilação de reboque, sensores auxiliares de estacionamento dianteiro e traseiro, airbags dianteiros de múltiplos estágios, laterais, do tipo cortina para a área envidraçada da 1ª e 2ª fileiras e para os joelhos do motorista, totalizando sete bolsas.

IMPRESSÕES
As mudanças, resumidas à nova caixa de câmbio, fizeram bem ao Grand Cherokee. Com maior número de marchas, o SUV consegue ser mais econômico sem perder potência ou força. O torque, que já impressionara em 2013, segue sendo o maior destaque do carro.

Já na parte offroad, os elogios são os de sempre: rampas, valetas, lama e pedras pareciam obstáculos simples.
 
Em circuito misto (com trechos de cidade, estrada e na terra, predominantemente no offroad), com ar-condicionado ligado, o modelo apontou no computador de bordo a boa média de 10,4 litros de diesel para cada 100 quilômetros rodados -- algo em torno de 9,6 km/litro.
 
No ano passado, este mesmo repórter afirmou que "o motor era surpreendente e que o carro poderia ser ainda melhor se tivesse transmissão mais acertada". Ao que parece, o pessoal da Chrysler leu o texto de 2013. E pelo visto não se importaram com a frase "pena ser tão caro", já que este ano o SUV está ainda mais salgado.