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Com motor flex, novo Mini traz BMW de tração dianteira a reboque

Novo Mini Cooper está maior, mais espaçoso, largo... e em breve também flexível - Divulgação
Novo Mini Cooper está maior, mais espaçoso, largo... e em breve também flexível Imagem: Divulgação

Eugênio Augusto Brito

Do UOL, em Dorado (Porto Rico)

13/02/2014 21h31

A apresentação mundial da nova geração do Mini Cooper, realizada nesta quinta-feira (13) em Dorado (Porto Rico), trouxe a reboque duas importantes novidades para o Brasil: o novo modelo chega ao Brasil em julho, como antecipado por UOL Carros em janeiro, mas os primeiros exemplares da linha Mini a serem fabricados no Brasil, no final de 2015, já sairão da unidade de Araquari (SC) com um novo motor flex desenvolvido pelo grupo BMW. Além disso, é grande a chance do país receber também o primeiro modelo da marca BMW com tração dianteira.

Estas informações foram confirmadas a UOL Carros por engenheiros do grupo BMW presentes ao evento no território caribenho.

A terceira geração do Mini Cooper é a primeira família construída sobre a nova plataforma de tração dianteira desenvolvida pelo grupo BMW e também a primeira a receber a nova linha Twin Power de motores, que usa sobrealimentação com turbo, injeção direta de combustível, controle variável de válvulas em todo o ciclo e que já está sendo adaptada ao modo flex. Caixas de câmbio também são novas. Diferente do ocorrido até então, não há participação da francesa Peugeot-Citröen no projeto.

"Reforçamos pontos como o uso do turbo, injeção direta e controle de válvulas, bem como o sistema start-stop para o caso de carros com câmbio automático e, sim, há uma linha de trabalho para gasolina e etanol", afirmou Udo Linder, do grupo BMW.

"Esta linha Twin Power é um desenvolvimento exclusivo do grupo BMW, já que paramos totalmente a cooperação com os franceses", completou. "O objetivo é desenvolver estes motores, que atenderão também à nova família de carros de tração dianteira da BMW", adiantou Linder.

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    BMW de tração dianteira será feito sobre plataforma do novo Mini

No Mini mostrado em Porto Rico, o três-cilindros de 1,5 litro com turbo gera 138 cavalos de potência e 22,4 kgfm torque de 1.250 a 4.300 giros no Cooper padrão. E há o 2.0 de quatro cilindros, também com turbo, que gera 194 cv e 28,5 kgfm de 1.250 a 4.600 para o esportivo Cooper S, sempre com gasolina -- números melhores que os 184 cv e 27,5 kgfm de torque (gasolina ou etanol) do BMW 320i Active Flex, sedã que foi o primeiro modelo flex do grupo e que é vendido no Brasil desde o fim de 2013.

A linha Twin Power inclui ainda um motor três-cilindros de 1,2 litro, 104 cv e 18,3 kgfm, a ser usado no novo Mini One.

Além do hatch premium, a derivação crossover Countryman (já confirmada para ser feita no Brasil) e sua variante de duas portas Paceman também serão baseadas na nova arquitetura e no novo motor -- algo esperado. A novidade, porém, é que a base de tração dianteira será suporte também para novos produtos da marca alemã BMW.

Com funcionamento mais suave do motor e relações mais longas e maior precisão nas trocas dos novos câmbios de seis marchas, seja o manual (feito pela BMW) ou o automático (da japonesa Aisin), o novo trem-de-força garante melhor aproveitamento de potência com menos consumo e uma tocada mais adequada a modelos urbanos, como deverá ser o novo BMW de tração dianteira. O mesmo vale para a plataforma, que permite a construção de modelos com maior entre-eixos e também maior largura do que os modelos da Mini, segundo Martin Schuster, do desenvolvimento de chassis.

Ainda que a vinda deste novo BMW ao Brasil não tenha sido formalmente confirmada, fica difícil pensar que o projeto de um modelo mais urbano da marca alemã não seria mais palatável ao mercado local.