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Mercedes-Benz Classe S Coupé usa cristal Swarovski como farol

Do UOL, em São Paulo (SP)

11/02/2014 14h25

A Mercedes-Benz divulgou nesta terça-feira (11), um dia após o vazamento de uma foto por um site austríaco, as primeiras imagens e informações oficiais sobre o cupê grande Classe S Coupé 2015. Além de quase poder andar sozinho, como já faz o sedã do qual deriva (saiba mais no quadro ao fim da reportagem), o cupê leva a noção de luxo ao extremo ao usar 47 cristais Swarovski em cada conjunto óptico.

Com estreia marcada para o Salão de Genebra, evento que acontece em março com cobertura total de UOL Carros, o modelo volta a usar o nome Classe S Coupé após 19 anos -- desde 1995, o duas-portas de luxo da marca recebia o nome CL. As vendas para a Europa começam em 7 de abril, mas ainda não há preços definidos, apenas a indicação de que haverá a configuração S500 4Matic e pacote AMG opcional.

Na configuração básica, o S Coupé terá motor V8 biturbo a gasolina de 455 cavalos de potência, pouco mais de 47 kgfm de torque, câmbio automatizado 7G Tronic e tração integral. Este é o mesmo trem-de-força do sedã S500 Longo (com entre-eixos alongado) vendido no Brasil desde o final de 2013 com preço indexado de US$ 265.900 (cerca de R$ 641 mil atualmente) -- na Alemanha, a mesma configuração do sedã tem preço de 108.900 euros (em torno de R$ 359 mil limpos, pelo câmbio atual de fevereiro).


Este Classe S Coupé ocupará o topo da gama Mercedes-Benz em termos de equipamentos, tecnologia a estilo, daí o uso de cristais da grife Swarovski no lugar das peças de vidro e plástico que formariam normalmente o conjunto de LEDs dos faróis. Conhecidos pela alta capacidade de transmissão de luz e pelo corte impecável feito com auxílio de eletrônica, os cristais são usados na formação da luz diurna (17 peças logo acima dos fachos principais) e também nas luzes de seta (outras 30 peças).

Por que Swarovski?

  • Reprodução/Facebook

    A grife de cristais Swarovski surgiu na Áustria em 1982 com a criação de uma máquina de corte automática por Daniel Swarovski.

    Desde então, os cristais da grife são conhecidos pela delicadeza de formato e pela extensa capacidade de transmissão de luz -- e, por extensão, de cores.

    Com isso, os cristais podem ser usados não apenas como joias, mas também na criação de esculturas, painéis (como a reprodução de foto do jogador argentino Lionel Messi, acima) e também pelas indústrias automotiva e aeronáutica. (EAB)

Curiosamente, o S Coupé se apresenta com visual frontal muito parecido ao do sedã mais barato da marca, o CLA (ainda que no Brasil o modelo tenha preço superior ao do Classe C neste momento), com faróis em forma de joia e grade heptagonal que pode ter o estilo aeronáutico (no S500 padrão) ou diamante (com pacote AMG, em outra inspiração tirada de um modelo mais barato, desta vez o Classe A).

A traseira, porém, é claramente classuda, com leve empinada em relação ao corpo do carro, spoiler que brota da tampa do porta-malas e lanternas extremamente discretas. Tudo aqui é tão classudo e discreto, que chega a lembrar modelos orientais, como a antiga geração do sedã coreano Hyundai Azera. A explicação vem da importância desses mercados para a vendas dos modelos das Classes C, E e S.

Por fora, muitos notarão apenas o tamanho avantajado do sedã: 5,02 metros de comprimento, 2,94 m de espaço entre-eixos, 1,89 m de largura e 1,41 m de altura, sobrepostos a rodas aro 18 ou 20 (opcional do pacote AMG). Por dentro, nada de relógio analógico no centro do painel: as novidades em relação ao sedã são o volante de base chata e estilo esportivo, o enorme teto panorâmico que fica mais opaco conforme aumenta a intensidade de luz externa, os braços mecânicos que oferecem o cinto de segurança aos ocupantes dos bancos dianteiros (há mais dois bancos com pouquíssimo espaço para pernas atrás) e o som premium tridimensional da Burmester (outro opcional).

Em termos mecânicos, o Classe S Coupé se diferencia do sedã por oferecer controle de som dos escapamentos, que podem roncar de modo mais grave ao comando do condutor, e por usar o sistema Magic Body Control não apenas para reduzir o efeito de buracos e imperfeições do asfalto, mas também para inclinar a carroceria em até 2,5º para contornar melhor curvas e assim reduzir o incômodo aos ocupantes.

Classe S é o carro mais avançado do mundo

  • Divulgação

    O S Coupé é a derivação de duas portas e estilo lânguido da nova geração do sedã Classe S, modelo lançado mundialmente em 2013 como o carro mais avançado do mundo e vendido no Brasil a preço indexado de US$ 265.900 (atualmente, pouco mais de R$ 640 mil).

    UOL Carros participou do lançamento do sedã e pôde comprovar que o Classe S usa câmeras estereoscópicas [3D], radares e sensores de ultrassom para ter uma visão de 360 graus do ambiente.

    Assim, embora ainda não prescinda de ter um humano ao volante, o Classe S pode fazer quase tudo por ele: manter velocidade e distância dos carros à frente, frear sozinho -- mesmo que a 200 km/h -- se detectar um obstáculo ou pedestre que o motorista não percebeu, acertar o volante para manter uma curva mais suave ou seguir dentro da faixa e até acertar a suspensão para que o motorista não perceba buracos. O objetivo é reduzir a probabilidade de acidentes a praticamente zero.

    Em 2020, acredita a fabricante, as leis até permitirão que o Classe S -- sedã e cupê -- se guiem sozinhos.