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Venda de carros novos não cresce em 2014, dizem concessionárias

Do UOL, em São Paulo (SP)

03/01/2014 18h00Atualizada em 03/01/2014 19h25

A Fenabrave (associação das concessionárias) espera um 2014 com vendas de veículos novos estáveis ou em queda em relação a 2013. Trata-de se um "ano atípico", segundo uma avaliação divulgada pela entidade nesta sexta-feira (3), quando saíram os números de emplacamentos de 2013.

No cenário mais otimista, a Fenabrave prevê um "empate" nas vendas de automóveis e comerciais leves (picapes e SUVs) este ano na comparação com 2013, totalizando 3.575.935 unidades. Já a soma de todas as categorias da indústria automotiva (caminhões, ônibus, motocicletas etc.) apresentaria ligeiro crescimento, de 0,21%, indo a 5.293.899 emplacamentos.

Se os elementos de "atipicidade" de 2014 -- Carnaval em março, Copa do Mundo em junho, eleições em outubro -- e os indicadores econômicos efetivamente atrapalharem as vendas de veículos, a assessoria econômica da Fenabrave vê a possibilidade de recuo ao final de 2014, de 3,5% nos emplacamentos de carros e utilitários (foi de 1,6% em 2013) e 3,6% no total.

A previsão de tempos nublados por parte da Fenabrave nada tem a ver com a obrigatoriedade de airbags e ABS em todos os carros novos nacionais. O aumento médio de 5% sobre o valor de modelos de entrada (em torno de R$ 1,5 mil) vai se diluir no financiamento. "Se considerarmos um prazo de 36 meses, o valor da parcela subiria em torno de R$ 42, o que pode ser considerado simbólico em relação aos benefícios de segurança que serão agregados [a cada carro]", disse Alarico Assumpção, presidente-executivo da Fenabrave.

Mas a retomada das alíquotas do IPI (imposto sobre industrializados) pode ter impacto, avalia o executivo. "Mesmo ainda parcial [até o final de junho], o retorno do IPI deve causar efeito negativo nos emplacamentos de automóveis e comerciais leves, pois o imposto é em cascata e deve ser maior do que o percentual reajustado da alíquota", explicou Assumpção.