Conceito Cactus floresce como futuro da linha da Citroën
Quando surgiu no começo do ano, o conceito Technospace causou estranhamento por dividir o conjunto óptico frontal em dois níveis, um fino e alinhado à grade frontal, outro maior posicionado imediatamente abaixo. O protótipo deu origem, quase sem mudança de linhas, à nova geração da minivan Citroën Grand C4 Picasso. Para quem não gostou, mais um choque: curiosamente, a aparição francesa se deu paralelamente à apresentação feita pela Chrysler de seu novo Jeep Cherokee, construído do outro lado do oceano, mas com o mesmo estilo de ousadia visual, mostrando uma nova "ordem mundial".
Quer mais? No Salão de Frankfurt, a montadora francesa lança a versão menor da minivan, a C4 Picasso (para cinco pessoas, em vez de sete) e admite que o visual de carro dos Jetsons do modelo vai se espalhar para o restante da linha C -- que no momento vai do compacto C1, não vendido no Brasil, passa pelo C3 e chega ao sedã C5. Será uma forma de demarcar tudo, separando a base do portfólio da linha DS (mais luxuosa), inclusive em estilo.
R.G. francês
Acostume-se ao visual do novo C4 Picasso: luzes em dois níveis serão padrão na linha C
Esta definição foi apresentada pelo conceito Cactus, que repete o tema dos faróis (e também das lanternas de LEDs formando um "túnel de luz"), mas tem porte menor e, por conta disso, dá a impressão de ser um novo C3 Picasso. A montadora não divulgou medidas oficiais (limitou-se a apontar o tamanho do entre-eixos em 2,61 metros, próximo ao do médio C4), nem a plataforma sobre a qual o modelo de rua será feito.
Há uma dúvida aí: a família C4 Picasso é construída sobre a base modular EMP2, que dá vida ao novo Peugeot 308 e não tem chance de ser feita no mercado sul-americano a curto ou médio prazo, o que só viabiliza a chegada por importação. Se for feito sobre outra estrutura, as chances do Brasil se manter atualizado em relação à Europa aumentam e muito. Do contrário...
Em um cenário ou outro, já há data de lançamento: segundo semestre de 2014, possivelmente com chegada durante o Salão de Paris do próximo ano.
Focado em racionalidade, modelo e família novos prometem ser mais leves e eficientes que os atuais. Para 2016, está previsto o uso comercial da motorização híbrida a ar (HybridAir, com motor menor a gasolina e reforço de um cilindro de ar), mostrada neste momento apenas como conceito, mas que promete ser mais barata que a opção de híbridos elétricos e até 45% mais eficiente que modelos movidos apenas por motor a combustão.
Mas se racionalidade é bem-vinda, rusticidade, não. O conceito tem materiais de alto nível em sua composição e ainda traz um conceito de personalização, com painéis coloridos nas portas e para-choques que podem ser removidos e substituídos por peças de outras cores. Esses painéis contam ainda com capsulas de ar em seu interior, que atual como as bolhas amortecedores de alguns tênis de corrida e protegem a carroceria do carro em momentos de impacto. Por serem removíveis, podem ser trocados individualmente para reparo, livrando o dono de trocar a peça inteira.
No fundo, são todas boas ideias, ao menos no papel. Resta saber como será a execução por parte da Citroën.
Viagem a convite da Anfavea
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