Topo

Volkswagen reforça Jetta com motor 1.4 turbo do novo Golf

Volkswagen Jetta básico vai deixar de usar o motor do Santana... finalmente - Claudio Luís de Souza/UOL
Volkswagen Jetta básico vai deixar de usar o motor do Santana... finalmente Imagem: Claudio Luís de Souza/UOL

Eugênio Augusto Brito

Do UOL, em Berlim (Alemanha)

08/09/2013 14h17

Depois de mostrar que cansou de apanhar (com razão) no segmento de hatches médios, ao responder com a importação do Golf 7 ao Brasil, a Volkswagen deixou claro que pretende deixar de ser motivo de chacota em segmento análogo: a marca vai extinguir o uso do "motor de Santana" que ainda se move a bordo da carroceria da versão de entrada do sedã Jetta.

Foi o que UOL Carros ouviu da boca de um informante -- um executivo ligado à marca. Sem dar muitos detalhes ou apontar uma data, cravou: "O motor 1.4 TSI (turbo, com injeção direta e 140 cavalos) do novo Golf será usado no Jetta aspirado em breve".

Com isso, o sedã voltará a se aproximar do hatch do qual deriva, ainda que ambos não compartilhem a plataforma MQB, modular e versátil, usada apenas pelo hatch. A configuração topo seguirá sendo equipada pelo motor 2.0 com potência de 211 cavalos, ligeiramente mais fraco que o do Golf GTI.

O objetivo é claro: deixar o Jetta mais competitivo frente aos rivais, que se reforçam; e, paralelamente, unificar as linhas, reduzindo custos. O três-volumes é importado do México, o que indica que a mudança deve tomar cabo quando a linha de produção do novo Golf, motores incluídos, ficar pronta. A previsão para isso é começo de 2014, quando o país norte-americano passará também a fornecer o hatch ao Brasil (substituindo a Alemanha como origem).

Incerto, ainda, é se a atualização de motor trará também um tapa no visual do Jetta, que completará três anos de mercado em 2014.

EFICIENTE E FLEX
Também está nos planos da Volkswagen fornecer o Golf (e provavelmente o Jetta) com a atualização mais recente do motor 1.4, com tecnologia que permite desligar dois dos quatro cilindros para reduzir ainda mais o consumo em velocidades de cruzeiro. Porém, como a tecnologia é cara (é usada no Audi A3 europeu) e seus benefícios podem passar incólumes pela percepção do consumidor, a Volks pode optar apenas por desenvolver a capacidade do motor em consumir também etanol.

Este, aliás, é o plano mais ambicioso -- e mais necessário para a Volkswagen, segundo a fonte informou a UOL Carros -- uma vez que o consumidor de Golf e Jetta ainda prezam o grau de valorização na revenda proporcionados por modelos flex, ainda que o benefício na bomba não seja tão válido. Tanto é assim, que o motor 1.4 flex pode já estar em produção na unidade de São Carlos (SP) da Volks. O bloco é da mesma família do três-cilindros que equipa o Fox Bluemotion e dará movimento também ao Up, o que facilita a produção local.

De toda forma, para nosso informante, a produção local não é prioridade, uma vez que a unificação de plataformas em todo mundo permitirá intercâmbio de componentes entre os diferentes polos produtores. Assim, seja mexicano, seja local, o motor poderá servir a Golf, Jetta e a novos produtos da marca.