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Chevrolet S10 2014 ganha reforço para a briga das picapes

André Deliberato

Do UOL, em Porto Alegre (RS)

02/09/2013 19h41

O segmento de picapes médias no Brasil parece uma queda de braço. A General Motors lançou a atual geração da Chevrolet S10 com motor turbodiesel de 180 cv e 47,9 kgfm de torque em fevereiro de 2012, superando os 180 cv e 42,8 kgfm da (até então mais potente de todas) Volkswagen Amarok e esmagando os 171 cv e 36,7 kgfm da Toyota Hilux.

Mas atenção: em picapes com motor a diesel, criadas para trabalho pesado em zonas lameiras (ou até mesmo para a prática recreativa do off-road), o que importa mesmo é o torque (grosso modo, a força do motor).

Depois da jogada da GM, a Ford resolveu mexer suas peças e lançou a nova geração da Ranger, com motor de 200 cv e 47,9 kgfm (mesmos números da S10 de 2012). A Nissan também entrou no jogo e mostrou a Frontier SL Attack 10 Anos, com propulsor turbodiesel de 190 cv e 45,8 kgfm.

A vez voltou a ser da Chevrolet. E a resposta foi agressiva: motor reajustado para render 200 cv e 51 kgfm de torque. UOL Carros rodou em trechos rodoviários e dentro de um lamaçal com uma S10 LTZ 2.8 turbodiesel automática, dotada desse propulsor, para saber se a investida da GM é capaz de encerrar a disputa.

IMPRESSÕES
Na estrada, a picape tem força de sobra para se manter na velocidade máxima permitida sem que seja necessárias reduções de marcha em ultrapassagens (o torque do motor em sexta marcha, a 120 km/h, impressiona). Há, porém, um aspecto negativo: o consumo apontado pelo computador de bordo variou entre 6,1 e 6,9 km/l de diesel.

Na lama, a S10 mostra porque é a líder disparada do seu segmento (desde seu lançamento, em 1995). A força do motor turbodiesel é maior que a de qualquer uma das suas concorrentes. A versão LTZ com nova transmissão manual de seis velocidades também agrada.

Os bons ângulos de ataque e saída (30,7º e 16,1º, respectivamente) passam ao motorista a sensação de que qualquer buraco ou valeta maior podem ser encarados sem medo. Os controles eletrônicos de tração e estabilidade ajudam a manter a S10 no traçado, mas há muita tendência de sobresterço (escapadas de traseira), ainda mais com a caçamba vazia.

A S10, que agora já é ano-modelo 2014, ficou melhor. Na versão top LTZ avaliada por UOL Carros, o modelo ainda ganhou novos itens de série, como sensor de estacionamento traseiro, controle de velocidade em descidas e assistente para partida em subidas -- além do sistema de entretenimento e conectividade MyLink. Ficou duro de encarar essa picape...



Viagem a convite da General Motors