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Com fim local do Classic, sindicato planeja paralisar GM

Polêmica do sedã Classic -- segue sendo nacional ou vira argentino de vez -- pode antecipar "novo Celta" - Divulgação
Polêmica do sedã Classic -- segue sendo nacional ou vira argentino de vez -- pode antecipar "novo Celta" Imagem: Divulgação

Ricardo Ribeiro

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

21/08/2013 17h45

O Sindicado de Metalúrgicos de São José dos Campos realizou assembleia na fábrica da GM da cidade paulista, nesta quarta-feira (21). A entidade discutiu com os trabalhadores a decisão da montadora de encerrar a produção local do Chevrolet Classic, anunciada na última sexta-feira (16), e agora planeja uma paralisação nacional para a próxima semana.

Antes, porém, sindicalistas e operários terão uma reunião com representantes da GM na próxima sexta-feira (23). Na pauta, estará a discussão da rápida retomada da linha de montagem de algum carro de passeio na unidade -- que no momento entrega apenas utilitários, como a picape S10 e o SUV Trailblazer. O sindicato cobra a apresentação oficial de planos da fabricação do novo modelo compacto da marca, que substituiria o Celta até 2017 num projeto de R$ 2,5 bilhões. 

"No dia 30, teremos a jornada nacional de lutas das centrais sindicais e vamos aproveitar para realizar uma paralisação em todas as fábricas da GM no país", afirmou Antonio Ferreira de Barros, o "Macapá", presidente do Sindicado de Metalúrgicos de São José dos Campos, em entrevista a UOL Carros.

O encerramento da produção do Classic no país ainda vem acompanhado de mais polêmica. De acordo com a montadora, "altos custos de produção" justificaram a decisão e levaram ao remanejamento da linha para as unidades de São Caetano do Sul (SP) e Rosário (Argentina). O sindicato, no entanto, contesta as informações e garante que o modelo passará a ser importado da Argentina apenas.

Segundo a entidade, a sede da GM no ABC paulista já opera na capacidade máxima e não é responsável pela montagem do Classic há algum tempo. Além disso, com a decisão, a montadora estaria contrariando dois acordos feitos com os funcionários de São José dos Campos.