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Fiat 500L, o "Quinhentão", já tem fã-clube no Brasil

Fiat 500L no Salão de Buenos Aires: planos para o modelo no Brasil ficam mais claros - Claudio Luís de Souza/UOL
Fiat 500L no Salão de Buenos Aires: planos para o modelo no Brasil ficam mais claros Imagem: Claudio Luís de Souza/UOL

Claudio Luís de Souza

Do UOL, em Buenos Aires (Argentina)

19/06/2013 11h46Atualizada em 20/06/2013 00h38

O Fiat 500L, lançado em 2012 na Europa e propagandeado como uma versão alongada do Cinquecento (o "L" é de "large"), continua no páreo para ser fabricado no Brasil a partir de 2015. UOL Carros apurou que o modelo tem ardentes defensores na filial da montadora italiana. Eles argumentam em reuniões e debates internos que o 500L cabe como uma luva na gama local da Fiat, hoje desprovida de minivan familiar.

O "Quinhentão", na verdade, é feito sobre a plataforma do Punto, hatch que a Fiat fabrica em Betim (MG). Sobrecarregada, a unidade mineira ganha em 2015 o reforço da linha de Goiana (PE), prevista para fazer até 250 mil carros/ano. Isso elevaria a capacidade produtiva total da Fiat no Brasil a cerca de 1,2 milhão de unidades daqui dois anos (hoje, é de 800 mil carros, mas Betim já passa por ampliação). É nessa conta que o 500L pode entrar.

A Fiat "não pode errar" em Goiana, como disse um de seus executivos aqui em Buenos Aires, onde o salão do automóvel local abre para o público nesta quinta-feira (20). Da unidade pernambucana deve sair um modelo, apenas, ou no máximo dois -- o tiro certeiro é necessário porque, se 250 mil carros por ano é um volume pequeno na régua da Fiat, um "encalhe" teria enorme impacto financeiro.

Se a nova fábrica começar com um carro apenas, este tem de ser capaz de emplacar pelo menos 200 mil unidades/ano. Se for com dois, ao menos 100 mil cada um. Na gama atual da Fiat, passam de 100 mil/ano a linha Siena, a picapinha Strada, Palio e Uno/Mille. Todos são compactos. Em 2012, o Punto (mesma base do 500L) chegou a 43 mil carros, e o 500 (inspiração estética), a 13 mil.

Ou seja: o Quinhentão brasileiro poderia ser feito em Betim, junto com o Punto. Em Goiana, é viável caso vá abastecer outros mercados, num esquema de exportação.

GOSTARAM?
UOL Carros
apurou que não houve, ainda, qualquer tipo de apresentação do 500L a consumidores brasileiros -- um procedimento conhecido como "clínica", em que a fabricante colhe opiniões sobre futuros produtos em reuniões fechadas e sigilosas. Em março, um grupo de jornalistas automotivos experimentou o modelo na Suécia. "As reportagens foram o único feedback que tivemos", diz um funcionário da Fiat. Suficiente, porém, para servir como argumento no lobby interno pela nacionalização do modelo.

Numa enquete proposta por UOL Carros em dezembro de 2012, 53% dos 8.163 votantes disseram que a Fiat deveria lançar o 500L no Brasil.

Na Argentina, onde é apresentado no Salão de Buenos Aires, o 500L tem preço inicial de 145 mil pesos, cerca de R$ 59 mil -- valor não muito diferente (mas um pouco maior) do que seria esperável para comercialização no Brasil. Os carros vendidos nas lojas argentinas vêm da Sérvia, que também abastece a Europa e demais mercados.

PUXADINHO

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    Estas são as primeiras imagens do 500L Living (o nome evoca uma sala de estar, sugerindo de espaço e conforto), configuração de sete lugares do Quinhentão.

    Com lançamento para julho, aniversário da família 500 (o Cinquecento atual foi lançado em julho de 2007), a configuração tem 4,35 m de comprimento e permite levar duas pessoas extras -- crianças, de preferência -- ou usar o espaço para 638 litros de bagagem.

    O Living vai sair da mesma fábrica na Sérvia que entrega o 500L para cinco.
    (Da Redação)

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Viagem a convite da Anfavea