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Focus 3 acena ao Brasil de Buenos Aires; SUV Kuga demora

Ford Kuga: Buenos Aires vai recebê-lo, mas fabricar na Argentina é outra história - Divulgação
Ford Kuga: Buenos Aires vai recebê-lo, mas fabricar na Argentina é outra história Imagem: Divulgação

Claudio Luís de Souza

Do UOL, em São Paulo (SP)

06/06/2013 17h56

A Ford já escalou suas principais atrações no Salão de Buenos Aires, que abre as portas em duas semanas na Argentina: o nosso New Fiesta, o Focus 3 "hermano" e o SUV Kuga, por ora importado de fora do Mercosul.

No caso do Focus, a produção na Argentina vai abastecer o Brasil e demais países da América Latina. O investimento na fábrica de Pacheco, próxima à capital portenha, foi de US$ 200 milhões. A apresentação do Focus 3 (hatch e sedã) no salão será uma espécie de pré-lançamento brasileiro, mas não se deve esperar que a Ford já divulgue preços e detalhes de sua estratégia. Isso só deve acontecer no segundo semestre, talvez em setembro.

De qualquer modo, antes de 31 de dezembro deste ano o Focus cumprirá sua parte na promessa de globalizar toda a gama Ford no Brasil até 2015.

A agenda do Kuga é mais lenta. Em abril, perto do lançamento do New Fiesta nacional, UOL Carros apurou que a chance de que o SUV viesse ao Brasil ocupar o degrau acima do EcoSport (concorrendo, entre outros, com Hyundai ix35 e Chevrolet Captiva) crescera bastante, justamente devido à iminente produção do Focus 3 na Argentina, de onde os carros vêm a nosso país sem oneração tributária. Afinal, a plataforma é a mesma.

Na Ford, como é praxe, o futuro não é assunto que se comente com jornalistas -- mas UOL Carros ouviu de um insider que, a despeito de ser mostrado em Buenos Aires juntamente com o Focus, num primeiro momento o Kuga deve ser vendido na Argentina como importado (é feito nos EUA, onde se chama Escape, além de Espanha e China). Uma eventual fabricação do SUV no Mercosul estaria mais próxima da data-limite para a globalização total da Ford (vale dizer, o último dia de 2015) do que deste ano, ou mesmo 2014.

Isso significa, basicamente, que não haverá Kuga "barato" no Brasil ainda por um longo tempo: a condição para que o modelo "tenha preço", como se diz, é que a fabricação seja local. Mas nada impede que ele seja importado mesmo assim.