Ford revive nome Escort em conceito sob medida para a China
A moda de reviver nomes de sucesso do passado continua. Depois de Uno, Voyage, Fusca, Santana e S10, entre outros, foi a vez da Ford ressuscitar o Escort durante o Salão de Xangai 2013, que abriu suas portas à imprensa neste sábado (20).
Ainda conceitual, o sedã mistura elementos da escola de design Kinetic 2, atual fase de estilo da Ford. Tem algo de Fusion na carroceria, mesmo que em tamanho P, e grade frontal hexagonal cromada; os faróis, porém, fogem completamente do que se conhece, sendo formados pela união de dois pavimentos de luzes de LEDs; a traseira é acupezada (com o arco do teto se encontrando quase que diretamente com a tampa do porta-malas).
Dados técnicos e medidas do conceito não foram revelados. A Ford também esconde a estratégia de mercado de um futuro Escort de produção. Questionados por UOL Carros, executivos locais afirmaram que as chances de o carro chegar ao Brasil são praticamente nulas. Triste notícia para fãs nostálgicos. Os planos da Ford para o Brasil podem ser conhecidos clicando aqui.
ESSE CARRO É ANTINADA
Agora é modinha: qualquer carro que surja, em qualquer parte do mundo, é imediatamente chamado de "o nosso futuro alguma-coisa". Mesmo que os mercados sejam completamente diferentes. E mesmo que não haja onde encaixá-lo na gama local da fabricante. É globalização, da mídia e das plataformas automotivas.
O caso desse Escort conceitual que surgiu na China é exemplar. Seria facílimo dizer que ele será o anti-Cobalt ou anti-Versa da Ford no Brasil. Mas será que a marca precisa, no Brasil, de um sedã maior que o New Fiesta e menor que o Focus?
Até onde UOL Carros apurou, a gama de automóveis (excluindo utilitários) da marca chegará ao final de 2015 formada pelo substituto único de Ka e Fiesta Rocam, mais New Fiesta, Focus (os três com variação sedã) e Fusion. Já será uma trabalheira para produzi-los/importá-los. Por isso, Escort segue sendo apenas nostalgia por aqui.
Segundo a marca, "o Escort Concept mostra a futura visão da Ford sobre como expandir a plataforma de compactos globais na China". É sempre bom deixar claro que quando as marcas citam a palavra "compacto" ao redor do mundo, querem dizer modelos considerados médios no Brasil. Esses carros representam 25% do mercado chinês.
"Ao escutar nossos clientes chineses, nós desenvolvemos o Escort para pessoas cujas necessidades não estão sendo completamente atendidas pelos compactos existentes", explica Jim Farley, vice-presidente global de marketing da Ford e homem-forte da marca quando o assunto é futurologia e produtos para mercados que não o norte-americano.
A razão é simples: muitos chineses usam seus carros no banco de trás, porque não sabem dirigir. Por isso, essa parte do habitáculo tem de ser espaçosa -- vale dizer, o entre-eixos deve ter, pelo menos, uns 2,6 metros.
A função do Escort conceitual é atrair a atenção dos consumidores chineses que olham com carinho, por exemplo, para a nova geração do Volkswagen Santana -- o modelo faz sucesso por aqui em suas encarnações iniciais (tanto a primeira, com frente chapada, quanto a seguinte, com faróis e grade enviesados, chamada localmente de Santana Vista), descontinuadas há tempos no Brasil, e acaba de ganhar um "revival" com a nova geração.
Viagem a convite da Chery
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