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Dodge Durango chega ao Brasil a partir de R$ 179.900; leia impressões

Nas lojas desde janeiro, SUV quer conquistar 700 clientes em 2013; versão mais cara custa R$ 199.900 - Murilo Góes/UOL
Nas lojas desde janeiro, SUV quer conquistar 700 clientes em 2013; versão mais cara custa R$ 199.900 Imagem: Murilo Góes/UOL

André Deliberato

Do UOL, em Barueri (SP)

17/03/2013 12h09

Apesar de estar à venda desde janeiro, só agora a Dodge lança oficialmente no Brasil o Durango, SUV de sete lugares mostrado pela marca no Salão do Automóvel 2012. O carro, produzido em Detroit (EUA), oferece duas configurações de acabamento, sempre com motor V6 Pentastar de 286 cv e 35,4 kgfm de torque, câmbio automático de cinco marchas, tração 4x4 permanente (com seletor de pisos no console e opção de marcha reduzida) e três anos de garantia. Conheça as versões:

Durango Crew -- R$ 179.900
Traz, de série, ar-condicionado de três zonas; airbags dianteiros e laterais (tipo cortina, também para os ocupantes traseiros); freios a disco ventilado nas quatro rodas com ABS (antitravamento) e EBD (distribuição da força de frenagem); controle eletrônico de tração e de estabilidade, faróis com LEDs e faróis e lanterna de neblina; auxílio eletrônico em aclives e declives; revestimento interno de couro; bancos dianteiros com ajustes elétricos e memorizador (e ainda com opção de aquecimento para primeira e segunda fileiras); coluna de direção ajustável em altura e profundidade; câmera de ré; sistema multimídia com leitor de CD e DVD, HD interno de 30 gb, nove alto-falantes com subwoofer e amplificador, Bluetooth com comando de voz e tela de 6,5 polegadas de LCD no painel; rodas de alumínio de 18 polegadas e porta-malas com acionamento elétrico.

Durango Citadel -- R$ 199.900
Os mesmos equipamentos da Crew, com acréscimo de bancos dianteiros ventilados, faróis bixenônio, ajuste elétrico da coluna de direção, rodas aro 20" (também de alumínio) cromadas, teto solar elétrico e tela de DVD de 10 polegadas (com dois fones de ouvido sem fio e controle remoto) para os passageiros.

São oito opções de cores externas (preto, branco, prata, vermelho, cinza, grafite, marrom e azul) e três tipos de revestimento interno (preto ou cinza claro para o Crew e preto ou preto com bege para o Citadel). Há 42 concessionárias Chrysler (dona da Dodge) espalhadas pelo Brasil, segundo a marca, podendo chegar a 52 este ano.

PRIMEIRAS IMPRESSÕES
UOL Carros rodou por cerca de 60 quilômetros com a versão Citadel, que deve corresponder a 60% das vendas do modelo -- a Dodge planeja vender 700 carros ainda em 2013, média de 60 unidades/mês, aproximadamente.

O Durango é um utilitário confortável, luxuoso e muito bem acabado. No Brasil o nome pode soar engraçado, mas trata-se de homenagem a uma cidade do Colorado, no chamado "velho oeste" dos EUA. O modelo divide plataforma com o Grand Cherokee, da Jeep (outra marca da Chrysler), mas por ter sete lugares é ainda mais espaçoso, graças às medidas maiores: 5,08 metros de comprimento (são 4,82 m no Jeep), 2,17 m de largura com os retrovisores (2,15 m no Cherokee) e 3,04 m de distância entre-eixos (2,92 m no Cherokee).

Esse "tamanhão" todo, porém, não é tão sentido na estrada; o peso (de 2.312 kg na versão Citadel) também parece menor. Mérito da boa calibragem de suspensão (independente nas quatro rodas, do tipo duplo A na dianteira e por multibraços na traseira) e de direção (com assistência hidráulica). Em alguns exercícios de handling promovidos pela Dodge, o Durango parece ter tido aulas de comportamento dinâmico com carros mais esportivos da marca.

Mas não há como negar que o Durango sabe fazer mais curva que seus principais concorrentes, entre eles, Chevrolet Trailblazer, Land Rover Discovery 4 e Mitsubishi Pajero Full -- todos com motor a diesel e opção de sete lugares.

O câmbio automático tem apenas cinco marchas. Claro que a transmissão de oito velocidades (da alemã ZF) usada pelo Chrysler 300C ajudaria o SUV a melhorar seus níveis de emissões e consumo, mas, neste caso, até uma de seis marchas cairia melhor. O motor Pentastar é quem mais agradeceria, já que as reduções seriam menos constantes e não sofreriam tanta perda de rotação.

CONSUMO
Por falar em economia de combustível, na estrada, a 120 km/h, o motor V6 girava a 2.200 rpm e apontava para 9,4 km/litro no painel. Na cidade, o consumo era de 6,1 km/l, números elevados, mas normais para um SUV de mais de duas toneladas e motor V6. O tanque de combustível tem capacidade para até 93,1 litros, o que rende autonomia de 875 quilômetros.

Luxuoso, espaçoso e agradável, o Durango é carro familiar para quem é fã de Dodge e, de certa forma, "preguiçoso", já que tudo é automático, da ignição por botão ao fechamento do porta-malas (elétrico). Surpreendentemente, navegação por GPS não é oferecida em nenhuma das versões, algo inadmissível em um carro de R$ 200 mil na versão top.