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VW anuncia fabricação do Golf 7 no México; Brasil deve importar o carro

Volkswagen Golf 7 no Salão de Paris, onde foi lançado oficialmente: agora é só esperar - Murilo Góes/UOL
Volkswagen Golf 7 no Salão de Paris, onde foi lançado oficialmente: agora é só esperar Imagem: Murilo Góes/UOL

Do UOL, em São Paulo (SP)<br>Com Agências

25/01/2013 13h48Atualizada em 25/01/2013 15h36

A Volkswagen anunciou nesta sexta-feira (25) que vai produzir o novo Golf no México. O hatch médio, cuja 7ª geração foi lançada na Europa no ano passado, será feito na fábrica da cidade de Puebla no começo de 2014. De lá, deve ser importado ao Brasil e demais mercados da América do Sul.

A prioridade zero da Volks é incrementar suas vendas nos Estados Unidos, que vai receber a maior parte da produção mexicana do Golf. É uma das ações estratégicas da gigante alemã para chegar a 1 milhão de carros vendidos anualmente nos EUA em 2018 (ano em que também quer ser a líder mundial de vendas de veículos).

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    Linha de produção do Golf 7 na Alemanha

Por isso, ainda que seja certo que o Golf 7 mexicano desembarcará no Brasil, dividindo com Jetta e Fusca a cota de importados com origem naquele país, não pode ser descartada a possibilidade de ele vir a ser fabricado localmente pela Volks -- em tese, a priorização do mercado dos EUA poderia levar à falta de unidades para o Brasil. A fábrica de Puebla pode entregar 2.500 carros por dia. Em 2012, o Golf vendeu 41 mil unidades nos EUA.

O pacotão de investimentos da Volks no México é de US$ 5 bilhões, e inclui a construção de uma nova fábrica, na cidade mexicana de Siloa, para a produção de motores 1.8 e 2.0 com turbocompressor; uma outra planta deve ser erguida para fazer carros da Audi, marca premium do grupo.

AMOR E ÓDIO
O Golf é, ao mesmo tempo, um dos carros mais queridos e mais criticados do Brasil. Seu comportamento dinâmico é geralmente elogiado, mas design e projeto sofrem ataques por sua defasagem de três gerações em relação ao carro europeu (o mesmo acontece com o Polo). O carro vendido atualmente no país é uma espécie de reforma no modelo de quarta geração -- tanto que é apelidado, ironicamente, de Golf 4,5.

Com 15.110 vendas, o modelo fechou 2012 no terceiro lugar de emplacamentos em seu segmento, perdendo de Ford Focus e Hyundai i30. No entanto, na primeira quinzena deste mês (último dado disponível via Fenabrave), o carro da Volks cai para quarto lugar, superado por Chevrolet Cruze e Peugeot 308 -- e só bate o i30 porque o estoque deste está no fim, devido à troca de geração.

GLOBAL
O Golf 7 utiliza a plataforma modular MQB, um dos passos dados pela Volks em direção à produção de modelos globais, vale dizer, fabricáveis exatamente iguais ou com ligeiras adaptações em qualquer parte do mundo. A uniformização do visual da gama Volks, que tornou modelos como Jetta, Passat e CC praticamente indistinguíveis quando vistos de frente, é outro passo.

O carro vendido atualmente nos EUA é mais recente que o do Brasil, mas também está defasado: é a 6ª geração, que substituiu aquela em que a frente do hatch era a mesma do antigo Jetta -- como já dito, nenhuma delas chegou a nosso mercado.

O Golf ianque é fabricado em Wolfsburg, cidade-sede da Volks na Alemanha, cuja planta abastece também a Europa, e começa em US$ 18.095 e vai até US$ 29.725. O motor a gasolina, aliás, é o mesmo 2.5 de cinco cilindros e 170 cavalos que equipava o Jetta; a unidade diesel é de 2 litros. No Brasil, o modelo é montado no Paraná e vai de R$ 51.010 (motor 1.6) a R$ 73.182 (motor 2.0).