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Volvo V40, o mais seguro do Salão, puxa geração de carros conectados

V40 é apresentado por seu criador Chris Benjamin; hatch vira referência em segurança e conectividade - Eugênio Augusto Brito/UOL
V40 é apresentado por seu criador Chris Benjamin; hatch vira referência em segurança e conectividade Imagem: Eugênio Augusto Brito/UOL

Eugênio Augusto Brito/UOL

Do UOL, em São Paulo (SP)

29/10/2012 18h48Atualizada em 29/10/2012 20h37

O presidente da Volvo do Brasil, Paulo Solti, anunciava os diferenciais do V40, estrela sueca no Salão do Automóvel de São Paulo, quando o Anhembi sofreu um apagão, na última terça-feira (23), deixando o pavilhão às escuras e o executivo perdido (lembre do episódio aqui). Sinal dos tempos: o novo hatch da marca, que chega ao Brasil em 2013 para substituir o C30, é apontado como o carro mais seguro do mundo (levou a nota máxima -- cinco estrelas -- e grau de distinção do badalado Euro NCAP); é também exemplo de uma nova geração de automóveis conectados (reproduzem conteúdo de celulares e se conectam à internet), que finalmente começa a chegar ao país. Ficou a pergunta no ar: será que isso funcionará no Brasil? Você vai saber lidar com carros assim?

A humanidade sobre rodas ainda não está no ponto de travar diálogos com seu automóvel, mas muito motorista vai ser visto por aí falando alto no trânsito. Sem susto! Trata-se do mesmo fenômeno que tomou conta da telefonia celular: primeiro vimos fones de ouvido por Bluetooth, que faziam (e ainda fazem) pessoas "falarem sozinhas" no meio da rua; depois, aplicativos (ou apps) começaram a contar nas redes sociais tudo o que as pessoas fazem. Com os carros, o objetivo é facilitar a vida de quem dirige e evitar distrações -- se impedir o motorista de se conectar é impossível, melhor que ele faça isso sem tirar o olhar da estrada.


O MAIS SEGURO
O hatch premium Volvo V40 é, certamente, um dos modelos mais bonitos do Salão: a frente esculpida guarda a identidade dos atuais modelos suecos, enquanto as três linhas que formam sua silhueta larga e próxima do solo não dão margem a exageros. Ele consegue, ao mesmo tempo, evocar o passado -- a traseira amplamente envidraçada é inspirada no P1800ES, dos anos 1970 -- e ser referência para os futuros automóveis.

Em termos de segurança, está tudo lá: airbags múltiplos, freios com ABS e controles de estabilidade e de tração, e até LEDs para melhorar a visibilidade do carro durante o dia. Mas o V40 traz mais: ele consegue avisar de mudança de faixas irregulares (monitora manobras sem o uso da seta e alerta o motorista, chegando a interferir na condução em velocidades de até 65 km/h); lê placas de velocidade (identifica a sinalização do trecho e avisa se o limite for ultrapassado); auxilia no estacionamento (o park assist mede o tamanho da vaga e faz a baliza); identifica pessoas e motociclistas no ponto cego, em manobras de ré; tem city safety (monitora obstáculos, reduções de velocidade do tráfego ou mesmo a entrada de pessoas e animais à frente carro, que pode ser freado autonomamente a até 50 km/h). Tudo bem, outros modelos da Volvo, Mercedes, Audi e até mesmo o novo Ford Fusion fazem isso.

Mas e que tal airbag para pedestres? Inédito, dispara um colchão de ar e protege tronco e cabeça da pessoa atropelada do contato com capô e para-brisa, minimizando os ferimentos em velocidades de até 50 km/h -- acima desse limite, a chance de morte aumenta exponencialmente, tornando qualquer mecanismo ineficaz.

VOLVO EXPLICA COMO V40 PROTEGE PEDESTRES


PLUGADO
O Volvo V40 evolui também em matéria de conectividade e interatividade. O sistema de monitoramento OnCall, mantido pela marca, foi modificado para permitir ao dono do carro acompanhar tudo o que ocorre com o carro, em tempo real, através de aplicativo para celular e tablet com sistemas iOS ou Android. 

A ideia é conhecida de quem tem smartphone: se o carro for roubado, bastará um clique para localizar e até desativar a ignição do veículo. Muita gente já faz isso com celular iPhone e Android roubados. Mas deixando a violência de lado, o motorista poderá também programar a temperatura do ar condicionado à distância para ter uma cabine mais aconchegante ao chegar; ou ainda ser alertado na telinha sobre a troca de óleo ou a revisão.

Ainda não há preços para o carro e seu monitoramento -- o lançamento do V40 no Brasil será feito em 2013, mas o modelo deverá ficar na faixa atual do C30, para quem tem de R$ 100 mil a R$ 150 mil sobrando na vida real.

TODOS PODEM
O anúncio do V40 convive no Salão de São Paulo com outros exemplos de conectividade. E mesmo no segmento de carros compactos, com os mais baratos (ainda que isso seja relativo) e comprados do país: a GM traz seu Onix (rival do Gol) com tela sensível ao toque que troca informações com o celular do motorista e permite atualização de apps -- em janeiro, quem tiver o modelo poderá baixar o GPS no fone e no carro; a Peugeot fará o mesmo com seu novo compacto premium, o 208, em março.

Quem puder pagar mais, terá mais opções, claro: o novo Fusion permite regular do ar condicionado ao rádio com comandos de voz; na Audi, o mote é internet sem fio na cabine, disponível no novo A3 e nos luxuosos S6, S7 e S8 (versões esportivas de A6, A7 e A8); para a Mercedes-Benz, o céu é o limite -- ou a "nuvem", servidores virtuais guardam e transmitem dados de música, GPS e mensagens de rede social a modelos como o novo Classe A ou o futuro CLA (quatro-portas baseado no conceito CSC). O novo motorista fica de olho na pista, enquanto sabe o que acontece com o mundo -- tudo online.