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Salão de Paris perde público, mas queda pequena já foi lucro

Volkswagen Golf, best-seller europeu chega à 7ª geração e foi a estrela do salão parisiense de 2012 - Murilo Góes/UOL
Volkswagen Golf, best-seller europeu chega à 7ª geração e foi a estrela do salão parisiense de 2012 Imagem: Murilo Góes/UOL

Do UOL, em São Paulo (SP)

15/10/2012 19h38

O Salão de Paris de 2012, que fechou as portas neste domingo (14), recebeu 1.231.416 visitantes ao longo de duas semanas. Com isso, continua sendo o evento automotivo mais visitado do mundo. Mas a crise beliscou uma pequena porção do público em relação à edição de 2010 (o salão é bienal), quando 1.263.467 pessoas foram ao pavilhão de exposições em Porte de Versailles. Um recuo de 2,54%.

Entre 2008 (o ano da crise) e 2010 (o ano da depressão pós-crise) a queda de público do Salão de Paris foi de cerca de 11,5%.

Levando em conta que a retração nas vendas de veículos na Europa em 2012 ainda pode chegar aos dois dígitos, os organizadores do evento parisiense (e, por extensão, todas as fabricantes envolvidas) podem até mesmo comemorar uma perda de público tão discreta.

Mas é preciso considerar que o Salão de Paris deste ano foi o palco do principal lançamento automotivo deste começo de década na Europa: a sétima geração do Volkswagen Golf, atualmente o carro mais vendido no continente e que passa a ser feito sobre a nova plataforma modular e global da Volks, oferecendo (segundo a fabricante) o estado da arte em termos de economia de combustível.

Outro lançamento importantíssimo foi o da quarta geração do Renault Clio, outro modelo do top 10 europeu que passou por extensa reforma.

O Golf tem boas chances de ser vendido no Brasil, mas o Clio IV não. A Renault baseia toda sua estratégia de volume no país nos carros da Dacia, sua subsidiária romena, e um Clio à francesa ficaria muito caro. Por ora, vamos ficar com um retoque no Clio velho de guerra.

O Salão do Automóvel de São Paulo, que abre ao público na próxima quarta-feira (24), certamente não será tão charmoso quanto o de Paris, até porque ele fica às margens do repulsivo rio Tietê, e não do sereno (e inodoro) Sena. Mas promete ser mais agitado...

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