Ford Fusion quer abalar SP com novo visual e estreia do Ecoboost

Claudio Luís de Souza

Do UOL, em Los Angeles (EUA)

  • Divulgação

    Novo Fusion: visual elegantíssimo e motor 2.0 otimizado, mas que ainda bebe mais que outros

    Novo Fusion: visual elegantíssimo e motor 2.0 otimizado, mas que ainda bebe mais que outros

A Ford mostra à imprensa especializada nesta terça-feira (16), em Los Angeles (EUA), o novo Fusion, seu maior sedã à venda no Brasil. O carro é mais um resultado da globalização e unificação dos produtos da fabricante, que começou com o New Fiesta em 2008.

No caso do Fusion, um dos efeitos dessa estratégia é sua "fusão" (com o perdão da piada) ao três-volumes europeu Mondeo -- os nomes seguirão diferentes, mas o carro passa a ser o mesmo.

Para o Brasil, o impacto visual do novo Fusion será marcante -- ele perdeu o ar de banheira americana e recebeu uma aston-martinzada  que o deixou ao mesmo tempo elegante e agressivo. Isso poderá ser conferido no estande da Ford no Salão do Automóvel de São Paulo, que começa na próxima semana.

Mas a globalização da Ford se traduz melhor pelo que haverá sob o capô do carro: o Fusion vai estrear no Brasil a família de motores Ecoboost. No caso, a unidade de 2 litros, movida a gasolina.

É este o propulsor oferecido na configuração Titanium AWD, topo de gama, que a Ford mostra aos jornalistas aqui em Los Angeles e, na próxima semana, no Salão do Automóvel de São Paulo. O Ecoboost 2.0 passa a cumprir o papel que antes era do V6 de 3 litros, capaz de entregar 243 cavalos. Este motor foi aposentado; o novo, mesmo com o corte de 1 litro na capacidade, gera 237 cv, graças à injeção direta e ao turbocompressor.

O novo Fusion terá também uma opção mais barata, dotada de motor bicombustível de 2,5 litros, adaptação do que é usado na nova Ranger flex.

Os preços só serão divulgados nesta terça.

DEIXA QUE ELE GUIA
O pacotão de tecnologia embarcada do novo Fusion, ao menos na versão mais cara, inclui itens de segurança como alerta de ponto cego, assistência à manutenção de faixa (o volante vibra se for detectada troca de faixa indevida), assistência ativa a estacionamento (o carro detecta a vaga adequada e manobra o veículo, o motorista apenas acelera e freia) e controle de cruzeiro adaptativo (freia e acelera o carro de acordo com o trânsito à frente).

  • Claudio Luís de Souza/UOL

    Cartão-chave do hotel em Los Angeles: há que ser híbrido para ser o sedã mais eficiente

O sistema de navegação por GPS, promete a Ford, será em português, corrigindo de vez uma falha da gama premium da marca.

Num futuro ainda incerto tudo isso será trivial em qualquer carro que se preze -- mas para tê-los hoje em dia ainda é preciso comprar um modelo premium de Audi, BMW ou Mercedes-Benz, Volvo ou Land Rover, e poucas outras marcas.

QUEM BEBE MENOS
O novo Ford Fusion foi apontado em setembro pela Environmental Protection Agency (EPA), órgão de regulação ambiental dos Estados Unidos, como o mais eficiente (de menor consumo) em seu segmento -- aqui nos EUA, o Fusion é considerado um sedã médio.

A Ford comemorou a façanha do Fusion em superar o Toyota Camry, modelo de enorme sucesso por aqui. Até mesmo o cartão-chave do quarto do hotel em que a fabricante acomodou os jornalistas brasileiros em Los Angeles foi customizado com a "boa notícia".

Vale notar, porém, que a conquista foi do novo Fusion Hybrid, versão do carro que combina motores a combustão e elétrico. O resultado foi um consumo combinado (urbano e rodoviário) de 47 milhas por galão (MPG), equivalente a 19,98 km/litro de gasolina.

Com o propulsor Ecoboost 2.0 o Fusion obteve resultados mais "normais", segundo a EPA: o equivalente a 11,05 km/litro. Perdeu do Camry 2.5 automático, que cravou 11,9 km/litro.

Viagem a convite da Ford do Brasil

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