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Carro elétrico é 'solução incompleta' diz governo, que defende híbrido flex

Elétricos como o Renault Twizy, mostrado na Rio+20 há dois meses, são pouco viáveis para o Brasil - Divulgação
Elétricos como o Renault Twizy, mostrado na Rio+20 há dois meses, são pouco viáveis para o Brasil Imagem: Divulgação

Guilherme Jeronymo

Da Agência Brasil, no Rio de Janeiro (RJ)

29/08/2012 17h34Atualizada em 29/08/2012 20h06

Carro elétrico não é a solução para o cenário de transportes no Brasil, definiu o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antônio Martins Almeida, em evento realizado nesta quarta-feira (29), no Rio de Janeiro (RJ).

Debatendo soluções para o abastecimento de combustíveis em seminário do governo estadual dedicado ao etanol, Almeida definiu o carro elétrico como uma boa alternativa para a diminuição da poluição nas grandes cidades, mas uma solução incompleta.

“A energia a ser suprida [para ser armazenada nos carros elétricos] exigiria uma fonte adicional, que tem de ser fóssil”, explicou o gestor, que defende o investimento em melhoria na eficiência dos motores dos carros flex.

Almeida também destacou a importância do veículo híbrido flex, com motor a combustão que pode ser abastecido com gasolina e/ou etanol somado a gerador elétrico -- tecnologia teoricamente simples, mas ainda não viabilizada, vale dizer. “O nível de consumo é a metade de um veículo normal. Se eu conseguir expandir a frota de veículos híbridos eficientes, a demanda diminui”, afirmou.

O secretário apontou ainda que os níveis atuais de consumo de combustíveis e a demanda crescente, em especial da gasolina,  têm alarmado o governo, que procura alternativas para o médio e longo prazo, evitando gastos excessivos com importação de combustíveis.

Segundo o Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, o aumento do consumo de gasolina, somente nos últimos três anos, foi de mais de 50% em relação ao volume consumido em 2008.

  • Murilo Góes/UOL

    Modelos híbridos, como o Ford Fusion (acima) e o Toyota Prius, seriam mais úteis à realidade nacional e contariam com apoio com governo, desde que equipados com motor a combustão flex