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Citroën C3 Tendance 1.5, econômico e estável, é bom de cidade

Citroën C3 Tendance 1.5: tem o parabrisa gigante, mas falta alguma coisinha sob o capô... - Divulgação
Citroën C3 Tendance 1.5: tem o parabrisa gigante, mas falta alguma coisinha sob o capô... Imagem: Divulgação

André Deliberato

Do UOL, em Brasília (DF)

07/08/2012 15h48

Depois de acompanhar a apresentação técnica e de mercado, UOL Carros experimentou nesta terça-feira (7), em Brasília (DF), a versão Tendance do novo Citroën C3. Ela tem motor de 1,5 litro e é a intermediária na gama do hatch. Já traz, de série, o parabrisa estendido Zenith, diferencial do C3 em relação a toda a concorrência (veja a lista de conteúdos).

O C3 1.5 é para quem não tem pressa. O novo motor bicombustível, evolução do antigo 1.4 de apenas 82 cavalos e 12,6 kgfm de torque, agora rende 93 cv e 14,2 kgfm de torque quando abastecido com etanol. A diferença de mais de uma dezena de cavalos, aliada a uma redução de peso de 10 kg (1.091 kg do C3 antigo e 1.081 kg do novo) é claramente notada. Mas isso não reflete sua verdadeira personalidade, como se verá.

Maior e mais largo, o hatch melhorou em comportamento dinâmico e ficou mais divertido de dirigir que a geração anterior. O câmbio recebeu ajustes nas relações e, mesmo mantendo os engates longos do modelo antigo (a manopla também é a mesma), está mais preciso. O C3 ficou mais ágil.

O percurso cumprido por UOL Carros em Brasília, onde não houve trânsito lento nem asfalto esburacado, foi curto -- mas deu para aprovar o modelo. Com boas retomadas e bom ajuste na carga de suspensão, esta inteiramente nova e (muito) melhor que a da geração anterior, o C3 mostrou desempenho honesto para quem procura um carro para circular pela cidade.

Econômico (o computador de bordo apresentou consumo instantâneo de 9,4 km/l, com etanol), o compacto mostrou que teve aulas de estabilidade com a turma da linha DS, principalmente, e de novo, se comparado ao modelo de geração anterior.

Porém, apesar de todos os elogios, ao manter 120 km/h como velocidade de cruzeiro na estrada, o giro mais alto (na casa das 3.000 rpm) começa a incomodar. Isso mostra que os dotes da versão mais fraca são mesmo para o público mais urbano. Apesar de toda a melhora estética e mecânica, a performance não pode ser considerada um ponto forte do compacto.

O C3 2013 ficou melhor que o anterior, sim, mas continua sendo um carro voltado para a calmaria (ou com aptidão urbana, escolha). Não exija dele, por exemplo, a diversão de dirigir que um Ford New Fiesta pode oferecer. A versão 1.6, com 122 cv, é o C3 certo para obter também alguma adrenalina.

O jornalista viajou a convite da Citroën do Brasil