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Mantega diz que emprego nas montadoras cresceu e descarta IPI prorrogado

Roberta Lopes<br>Carolina Sarres

Da Agência Brasil, em Brasília (DF)

31/07/2012 13h40

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira (31) que o governo não cogita prorrogar a redução do imposto sobre produtos industrializados (IPI) para automóveis. "Não está em cogitação a prorrogação após agosto", disse Mantega. No final de maio, o governo federal reduziu o IPI para os carros até 31 de agosto. Porém, condicionou a medida à manutenção dos empregos no setor.

O setor pressiona o governo a prorrogar a redução do imposto. Na semana passada, a General Motors (GM) anunciou o plano de demissões na montadora em São José dos Campos (SP). Em protesto contra as demissões, funcionários da empresa começaram a trabalhar nesta terça com uma hora de atraso.

Após reunião com representantes do setor automobilístico, Mantega disse que a GM  manteve o nível de funcionários e teve saldo positivo de contratações em junho, além de cumprir o acordo acertado com o governo, de manter os postos de trabalho em troca do IPI reduzido. Segundo Mantega, esse perfil se mantém também em relação ao setor automobilístico, que contratou 1,9 mil pessoas em junho.

"Foi cumprido o compromisso de não demissão e até de aumento de empregos. O total de emprego, na Anfavea [Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores] como um todo, era 144,9 mil empregos, em maio, 146,9 mil, em junho. O que nos interessa é que a GM tenha saldo positivo e esteja contratando, e isso está sendo cumprido", disse Mantega.

Segundo o diretor de assuntos institucionais da GM e vice-presidente da Anfavea, Luiz Moan, o compromisso de não demitir em troca do IPI reduzido está mantido. De 2008 a junho deste ano, foram contratados 1.848 funcionários pela GM, conforme Moan. Até o fim do ano, o saldo de contratações deve chegar a 2.163. Segundo ele, está marcada uma reunião no próximo sábado (4) com os metalúrgicos de São José dos Campos.