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Renault Clio de 4ª geração incorpora novo design e traz motor 0.9 turbo

Novo design da Renault fez o Clio ficar mais parecido com coreanos, como o Kia Rio - Divulgação
Novo design da Renault fez o Clio ficar mais parecido com coreanos, como o Kia Rio Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo (SP)

03/07/2012 14h56

A Renault apresentou nesta terça-feira (3) a quarta geração do Clio, carro compacto que é seu maior sucesso na Europa. Além de trazer um visual completamente novo, que segue a nova escola de estilo da marca francesa (já esboçada nos conceitos Zoe e DeZir e inaugurada no facelift do Twingo), o carro estreia um intrigante motor de apenas 0,9 litro, com três cilindros e turbocompressor. Os preços não foram anunciados.

O carro de produção, que concorre com modelos como Volkswagen Polo (best-seller na Europa) e Ford New Fiesta, será mostrado no Salão de Paris, em outubro, e por ora não há a menor chance de ele ser vendido no Brasil -- sua fabricação acontece na França e na Turquia; entre nós, a Renault optou por fazer do romeno Sandero seu carro de volume.

Além do estilo mais fluido e musculoso (obsessão dos atuais desenhistas de carros), o novo Clio aposta suas fichas em três motorizações que radicalizam o conceito de downsizing (tamanho menor, performance maior).

O primeiro deles é o Energy TCe 90, a gasolina. Turbocomprimido, ele trabalha com apenas três cilindros e -- heresia para o atual mercado brasileiro -- fica abaixo da linha do 1.0: sua capacidade cúbica é de 900 cm³. Seria um carro 0.9...

VÍDEOS OFICIAIS DESVENDAM O CLIO

No entanto, a Renault garante que esse propulsor tem performance correspondente à de um 1,4 litro, e mostra números para provar isso: são 90 cavalos de potência a 5.000 rpm e um impressionante torque de 13,7 kgfm a 2.500 rpm, sendo que 90% dele já está disponível a 1.650 rpm. A relação de marchas mais longa, sempre de acordo com a Renault, permitiria um consumo de cerca de 23 km/litro de gasolina.

Há uma segunda opção de motor a gasolina, o TCe 120, com injeção direta e câmbio automatizado de seis velocidades com dupla embreagem. Este trem-de-força ainda está sendo homologado e vai equipar em 2013 as versões mais caras do novo Clio. A capacidade é de 1,2 litro, com potência de 120 cavalos e 19,4 kgfm de torque já a 1.750 rpm.

O terceiro motor é a diesel, denominado dCi 90. Ele também entrega 90 cv, mas o torque vai a 22,4 kgfm em 1.750 giros. O consumo prometido pela Renault é de cair o queixo: 31,25 km/l. Os três propulsores têm emissões de CO2 abaixo dos 100 g/km.

CÁ ENTRE NÓS
No Brasil, a Renault transformou o Clio em seu carro de entrada. "Pelado" e visualmente defasado, ele compete com Volkswagen Gol G4, Fiat Palio Fire, Chevrolet Celta e Ford Ka. Basta reparar nessa lista para perceber o quanto o modelo ficou para trás -- por exemplo, a carroceria é a da segunda geração do Clio europeu (com facelift de meio de vida), enquanto no Velho Continente já se vendia a terceira, e com facelift.

Até o final de junho, segundo dados da Fenabrave (associação das concessionárias), o Clio emplacou 8.349 unidades, em sétimo e último lugar entre os carros de entrada. São dados de carro moribundo: no mesmo segmento, o quinto colocado é o Ka, com 26.288 vendas.  

O Brasil foi um dos países em que o Clio teve versão sedã, que foi aposentada em 2009 pelo Symbol, um retumbante fracasso de vendas. De qualquer modo, três-volumes da gama sempre foi destinado a mercados periféricos, e jamais vendido na própria França.

Lançado mundialmente em 1990, o Clio já emplacou 11,5 milhões de unidades em 115 países.