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Kia lança Sportage flex e completa gama de motores bicombustíveis

SUV Sportage fica mais ao gosto do brasileiro e agora consome tanto etanol quanto gasolina - Divulgação
SUV Sportage fica mais ao gosto do brasileiro e agora consome tanto etanol quanto gasolina Imagem: Divulgação

Rodrigo Lara

Do UOL, em São Paulo

07/02/2012 17h19

O primeiro foi o Soul Flex, com um motor 1.6 16V, lançado em abril de 2011. Em seguida, foi a vez do compacto Picanto, estreando um moderno motor 1.0 de três cilindros flexível em agosto de 2011. Por fim, a Kia apresentou, nesta terça-feira (07), o SUV Sportage Flex, equipado com um 2.0 16V capaz de digerir etanol e gasolina. E esse lançamento não pode ser visto apenas como mais um carro da marca que ficou mais adaptado ao gosto do brasileiro.

Com a "flexibilização" do SUV, a Kia passa a ter uma gama completa de motores bicombustíveis, abrindo espaço para a vinda de novos modelos ao Brasil -- das possibilidades, apenas o sedã Optima usaria um propulsor maior que o do Sportage. Kia Rio, tanto hatch como sedã (e que já foi flagrado por um leitor de UOL Carros no país) e Cerato Hatch seriam dois modelos que poderiam se aproveitar dessa gama de motores. Nada foi dito pela Kia em caráter oficial sobre a vinda desses dois carros ao Brasil.

Voltando ao Sportage, a Kia planeja que o "fator flex" faça com as vendas do SUV o mesmo que fez com as do Soul. "Esperamos um crescimento das vendas do Sportage tão bom quanto o que houve com o Soul, mesmo com o IPI maior", explicou Ary Jorge Ribeiro, diretor de vendas da Kia. Na ocasião, o "carro design" disparou nas vendas logo após virar flex, registrando números quase 100% superiores à época em que consumia somente gasolina. 

COMO VEM E POR QUANTO
O Sportage Flex será oferecido em cinco versões, divididas por códigos. São elas:

- P.525 -- Custa R$ 90.900 e é equipado com câmbio manual, traz de série ar-condicionado manual; chave tipo keyless; travamento de porta e abertura do porta-malas à distância; freio de estacionamento com acionamento por pedal; iluminação do porta-malas; rádio CD/MP3 com controle no volante; entrada de áudio auxiliar e USB no console central; sistema de som com quatro alto-falantes e dois tweeters; sistema imobilizador de ignição; tampa do compartimento de bagagem; travamento elétrico central das portas e porta-malas; vidros elétricos nas quatro portas com função um toque para o motorista; e volante com regulagem de altura.

- P.575 -- Custa R$ 95.400 e traz tudo que a versão P.525 tem, com o acréscimo do câmbio automático de seis velocidades com trocas sequenciais na alavanca.

- P.586 -- Custa R$ 109.300 e traz, além dos itens mencionados nas versões acima, ar-condicionado digital com controle independente frontal de duas zonas e ionizador; banco do motorista com ajuste elétrico; botão Start/Stop para partida do motor por reconhecimento da chave; computador de bordo integrado ao conjunto de mostradores; câmera de ré com visor LCD de 3,5’’ no espelho retrovisor interno; espelho retrovisor interno com antiofuscamento automático eletrocrômico; piloto automático com controles no volante; áudio com cabo para iPod; revestimento de couro nos bancos; volante; alavanca de câmbio e painéis laterais das portas; spoiler traseiro; e luz diurna de navegação em LED.

- P.587 -- Custa R$ 114.600 e acrescenta à configuração P.586 o teto solar elétrico panorâmico com sistema antiesmagamento e air bags laterais e de cortina.

- P.685 -- Custa R$ 113.400 e é dotado de tração integral permanente e traz praticamente o mesmo pacote do P.587, perdendo o espelho retrovisor interno eletrocrômico, o teto solar duplo, os airbags laterais e de cortina e a câmera de ré.

De novidades em relação ao modelo 2011, além do motor, estão as rodas de 18 polegadas em todas as versões, as luzes diurnas em LED nas versões top, o câmbio manual de seis velocidades e a direção assistida, que passou a ser elétrica. A Kia estima que a versão mecânica terá somente 5% de participação nas vendas do carro, uma porcentagem similar  à prevista para a 4x4. O restante deverá ficar destinado às versões top 4x2. E, comprovando a mais recente paixão brasileira no quesito cor, 50% dos Sportage vendidos deverão ter a carroceria pintada de branco. A fabricante também afirma que o aumento do IPI resultou em um Sportage somente 6% mais caro, sendo que esse preço será mantido de acordo com a demanda de mercado. Entenda-se por isso movimentação de concorrentes e demanda dos consumidores. 

 

MOTOR COREANO
O novo propulsor 2.0 16V Dual CVVT, chamado de Nu Flex, é uma evolução do motor Theta II. Ao se tornar flex, além das alterações habituais envolvendo componentes resistentes ao etanol, ajuste da taxa de compressão e de sensores da injeção, a unidade ganhou comando de válvulas variável também na exaustão (antes era só na admissão), novo mapeamento de curva de torque e peças que o tornaram mais leve e resistente. 

Produzido na Coreia do Sul, o propulsor foi testado no Brasil e rende a potência de 178 cavalos com etanol e 169 cv com gasolina a 6.200 rpm e tem torque de 21,4 kgfm com etanol e 20,0 kgfm com gasolina, ambos a 4.700 rpm. A título de comparação o motor Theta II rendia 166 cavalos e tinha torque de 20,1 kgfm quando bebia apenas gasolina. As relações de transmissão não mudaram em relação ao modelo antigo.

UOL Carros participou de um test-drive com o modelo de cerca de 100 km por ruas e estradas de São Paulo. As impressões serão publicadas na sequência.