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Honda Civic europeu é tudo o que o sedã brasileiro sonha em ser

Novo Honda Civic europeu ficou mais careta, mas ainda assim faz nosso sedã morrer de inveja - Murilo Góes/UOL
Novo Honda Civic europeu ficou mais careta, mas ainda assim faz nosso sedã morrer de inveja Imagem: Murilo Góes/UOL

EUGÊNIO AUGUSTO BRITO<br>MURILO GÓES

Enviados especiais a Frankfurt (Alemanha)

15/09/2011 18h35

Nas coberturas de salões internacionais, mais especificamente nos europeus, sempre nos deparamos com o Honda Civic hatch. Desta vez, resolvemos dar detalhes dele para vocês. Tudo bem, a configuração não é, nem vai ser vendida no Brasil... mas vá dizer que não dá uma saudade dos anos 1990, quando a família do médio japonês era bem maior por aí?

Para começar, o novo Civic hatch da foto acima, apresentado agora no Salão de Frankfurt, chegará às lojas europeias no primeiro trimestre de 2012. A demora no lançamento europeu tem o mesmo motivo do atraso para a revelação da nova geração brasileira: mesmo produzidas localmente, as diferentes encarnações do Civic ao redor do mundo dependem de componentes feitos apenas no Japão, país que ainda sofre com a catástrofe provocada pela dupla tsunami/desastre nuclear.

Voltando ao carro: nas palavras do pessoal da Honda, o novo Civic europeu ficou mais dinâmico e eficiente. A nosso ver, externamente, também ficou um pouco mais careta que a atual geração. Mas, e daí, você pode se perguntar? Vamos exercitar a mente e compará-lo com o Civic sedã vendido aí no Brasil.

Num raciocínio muito (muitíssimo) simplificado, quem compra o Civic no Brasil está interessado num sedã, mas tem medo de assinar atestado de "tiozão" com um modelo de outra marca, o Toyota Corolla por exemplo. Para isso, topa pagar por um carro que mesmo tendo visual (externo e interno) ousado, já cansou. O fanático pelo carro da Honda deve ter sentido um arrepio na espinha e amaldiçoado este repórter ao ler o verbo "cansou". Mas é fato, está na tabela de vendas mensais. Esse mesmo fanático tinha alguma esperança em ver o jogo virar com a nova geração do sedã, apresentada logo após o Salão de Detroit, no começo deste ano, e que deve começar a ser fabricada e vendida no Brasil até o começo de 2012 -- o problema, é que aqueles que já viram o carro (ao menos em sua versão americana) sabem que ele também ficou mais contido, visualmente falando, que o atual.

A geração 2012 do Civic encaretou geral.

QUEM É VELHO AQUI?

  • Murilo Góes/UOL

    Acima, o atual Civic sedã brasileiro, bem próximo de passar o bastão para a nova geração, que deve ficar muito parecida com este carro abaixo, o novo Civic americano, apresentado meses atrás.

  • Divulgação

Agora olhe para a imagem do novo New Civic americano ao lado (o nosso New Civic 2012 deve ficar parecido). Agora compare com o Civic 2012 europeu. Qual deles é mais tiozão? Nem responda.

UOL Carros diz, por conta própria, o que você deve estar pensando agora: tomara que o Civic 2012 brasileiro, que começará a ser feito lá em Sumaré (SP), tenha algo deste aqui, ao menos por dentro. O painel em dois andares está fabuloso, com o degrau inferior mais completo e vivo e o superior mais bem posicionado. A esportividade latente começa no botão de partida (que, assim como o ato de entrar no carro, dispensa a chave), circula pela cabine mais curta -- que ainda assim abriga fantasticamente a todos os ocupantes, com o motorista numa posição mais baixa (sim, nosso sedã já tinha algo disso) --, passa pelo câmbio manual de seis marchas ou automático de cinco, com opção de trocas manuais nas borboletas, e chega até o volante de aro curtinho.

Totalmente conectado, o Civic europeu tem sistema multimídia integrado a GPS e telefone celular com tela de sete polegadas no painel. Ecológico, tem botão no painel para ciclo até 10% mais eficiente. Revisado, tem motores 1.4 e 1.8 a gasolina, e 2.2 a diesel. Curioso pelo 1.8 i-VTEC? Tem 142 cavalos a 6.500 rpm e 17,7 kgfm de torque a 4.300 giros. Ah, quer saber quanto cabe no porta-malas da traseira curtinha? São 467 litros.

E aí, não ficou saudoso ou curioso com o hatch? Pois tomara que o sedã cure isso.

O jornalista Eugênio Augusto Brito viaja a convite da Anfavea