Chefão brasileiro da Renault-Nissan diz que tudo será reformulado até 2022
Carlos Ghosn afirma que precisa de solução que evite problemas a longo prazo
O presidente-executivo da Renault, Carlos Ghosn, disse que a aliança da montadora com a Nissan e a Mitsubishi Motors será retrabalhada até o final de seu mandato em 2022.
A aliança funciona bem, mas foi uma resposta a um conjunto específico de circunstâncias, e "hoje há dúvidas sobre se esse sistema pode continuar", disse Ghosn, que também é o presidente do grupo, em entrevista à "TV BFM Business". "É uma questão legítima para a qual temos que responder."
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O executivo falava antes da reunião anual da Renault em Paris, onde ele será formalmente reconduzido para mais quatro anos como CEO e poderá enfrentar a resistência dos detentores -- particularmente do estado francês -- de seus 7,4 milhões de euros (R$ 32 milhões) pacote de pagamento no ano passado.
A Bloomberg News informou em março que a Renault e a Nissan estão em negociações para se fundirem sob uma única ação (UOL Carros já confirmou e você pode conferir a história toda aqui), um movimento que poderia ajudá-las a reunir recursos melhores na nova era de veículos elétricos e direção autônoma. No mês passado, Ghosn acalmou as expectativas de um acordo rápido para combinar as empresas, dizendo que o espectro de fusões fracassadas em sua indústria era grande.
Questionado sobre o comentário do CEO da Nissan, Hiroto Saikawa, de que ele não vê "mérito" em combinar as empresas, Ghosn disse: "Ele não disse isso. Ele disse que você precisa primeiro determinar os méritos de uma combinação antes de pensar nisso, o que é completamente razoável."
Estrutura complicada
A parceria tem uma estrutura complicada, com a Nissan detendo uma participação de 15% da Renault e sem direito a voto. A Renault, a parceira menor e menos valiosa, possui 44% da Nissan e pode votar em questões corporativas.
Em 2016, Ghosn adicionou a Mitsubishi Motors à aliança depois que a empresa japonesa foi flagrada falsificando estimativas de quilometragem para vários de seus veículos. Para complicar ainda mais, o governo francês possui 15% da Renault, tornando-se o maior acionista.
"É necessário que todos se sintam à vontade nisso", disse Ghosn à "BFM Business". "Hoje não temos realmente um problema a curto prazo -- as empresas trabalham juntas, não há conflito. Estamos tentando encontrar uma solução que evite problemas a longo prazo."
A Renault nomeou Thierry Bollore como diretor de operações, colocando-o na fila para se tornar CEO. Em uma entrevista publicada no "Le Figaro", Ghosn foi citado dizendo que Bollore é um bom candidato para o cargo mais alto, mas o conselho decidirá finalmente.
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