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Tesla vira superelétrico tão rápido quanto Ferrari com nova bateria

Nova célula também expande autonomia do modelo a 480 quilômetros - Justin Sullivan/Getty Images/AFP
Nova célula também expande autonomia do modelo a 480 quilômetros Imagem: Justin Sullivan/Getty Images/AFP

Tom Randall e David Ingold

Dos EUA

25/08/2016 12h29

A Tesla, companhia americana especializada em veículos elétricos, anunciou nesta semana uma nova especificação de bateria para o Model S. A versão envenenada, batizada de P100D, será vendida nos Estados Unidos por US$ 134.500 (cerca de R$ 440 mil). Produção será, inicialmente, limitada a pouco mais de 1.000 unidades por mês.

Elon Musk, presidente-executivo da companhia, gaba-se em dizer que o P100D será o não apenas o elétrico, mas sim o carro mais rápido do mundo. Será que o superesportivo cumpre a missão?

As baterias maiores, de 100 kWh, oferecem pela primeira vez autonomia de mais de 480 quilômetros por recarga pela classificação oficial da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês).

O 0-100 km/h é feito em apenas 2,5 segundos, aceleração igualadas apenas por supercarros como LaFerrari, Porsche 918 Spyder e Bugatti Veyron. Até mesmo o SUV Model X, de sete lugares, alcança os 100 km/h em 2,9 segundos e supera o McLaren 675LT.

Estamos falando de taxas de aceleração superiores à de uma queda. Numa situação dessas, quem não se posicionar direito no encosto dos bancos terá dificuldades em apoiar cabeça e ombros. O mais fascinante é que, como o carro tem dois motores totalmente elétricos, as rodas não escorregam e a arrancada é praticamente silenciosa.

"No futuro as pessoas verão os carros à gasolina da mesma forma como vemos hoje os motores a vapor: são pitorescos, mas não servem para dar uma volta por aí", previu o sempre enfático Musk. 

Tesla Model S reestilizado em concessionária da marca nos EUA - Justin Sullivan/Getty Images/AFP - Justin Sullivan/Getty Images/AFP
Model S reestilizado aparece em concessionária da marca nos EUA
Imagem: Justin Sullivan/Getty Images/AFP

Desafios de engenharia

Tirar mais 10 kWh daquela que já era a maior bateria de carro do mundo foi um grande desafio, disse o executivo. O conjunto utiliza as mesmas células Panasonic dos Tesla anteriores, mas exigem novos cabos e mudanças nos assentos para garantir segurança, devido ao peso adicional.

A atual arquitetura, segundo ele, representa o limite de desenvolvimento para a geração atual de células. Com isso, a empresa já prepara mudança para uma célula maior com o lançamento do Model 3 no ano que vem, o que gerará ganhos adicionais para toda a linha.

O Model S, por exemplo, terá a autonomia expandida a 613 km, enquanto o Model X chegará a 542 km.