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Mitsubishi diz que vendeu carros com medição fraudada só no Japão

"Microperua" eK, também vendido como Nissan Dayz, é um dos modelos afetados - Toru Hanai/Reuters
"Microperua" eK, também vendido como Nissan Dayz, é um dos modelos afetados Imagem: Toru Hanai/Reuters

Em Tóquio (Japão)

11/05/2016 12h52

A Mitsubishi afirmou nesta quarta-feira (11) que o escândalo das fraudes nos testes de emissão de poluentes afetou apenas unidades vendidas no Japão, não aquelas destinadas à exportação.

No fim de abril a fabricante reconheceu ter burlado dados de cerca de 625 mil micro carros (os chamados kei cars) japoneses. Uma semana depois, o presidente da companhia, Osamu Masuko, foi além e admitiu que a manipulação ocorria desde 1991, portanto há 25 anos.

Nesta quarta, Masuko garantiu que "os veículos vendidos fora do país foram submetidos a testes adequados aos mercados a que estavam destinados". "Pensamos que os veículos vendidos no exterior não foram afetados pela manipulação", completou.

Em alguns casos, a fraude nas emissões permitiu melhorar em 15% o rendimento real dos carros.

Ninguém está sozinho

O escândalo de fraude em índices de emissão começa, aos poucos, a se alastrar por diversas montadoras. Além de Mitsubishi e Volkswagen (com todas suas marcas subsidiárias), detentora do escândalo mais conhecido e extenso até o momento, pelo menos outras 16 marcas apresentaram irregularidades em testes efetuados na Europa.

Entre elas estão Mercedes-Benz, Peugeot-Citroën, Nissan, Renault-Dacia, Jaguar-Land Rover, Fiat, Hyundai, GM (Opel), Fiat (incluindo Alfa Romeo) e Suzuki.

O governo da Alemanha, um dos núcleos das investigações, exige recall de mais de 600 mil automóveis movidos a diesel no país por conta do problema.