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Triumph Tiger Sport ajusta motor e tecnologia, e agora custa R$ 52.990

Guilherme Silveira

Da Infomoto

23/10/2016 08h00

Lançada no Brasil há dois anos, a Triumph Tiger Sport é mais uma representante do segmento de aventureiras esportivas. Com motor tricilíndrico, chassi de alumínio e monobraço traseiro, ela oferece design e desempenho que fazem jus ao sobrenome Sport.

Mas era hora de renovação. A terceira geração da moto começa a desembarcar nas próximas semanas com novidades no motor, leve mudança no visual e acréscimo de tecnologias -- tudo para tentar justificar o aumento de preço: de R$ 45.990 para R$ 52.990.

Com garantia de dois anos, a Triumph projeta vender cerca de 15 unidades ao mês da nova Tiger Sport em 2017. Como principais concorrentes dessa inglesa temos a Yamaha MT-09 Tracer (R$ 47.329), BMW S 1000 XR (R$ 70.700) e Ducati Multistrada 1200 ABS (a partir de R$ 62.900).

Facelift?

O conjunto óptico duplo que caracteriza a Tiger Sport foi mantido e ainda não traz faróis de LED. Visualmente, os grafismos são novos, assim como duas novas opções de cor (preto fosco com detalhes amarelos ou prata com detalhes em vermelho).

O para-brisa, agora fumê, tem novo desenho. A moto também ganha difusores laterais, protetores de mão maiores e espelhos retrovisores remodelados. E o painel também é novo, com visor de LCD que informa velocidade, médias de consumo e indicador de marcha, entre outros dados, conversando com entrada USB (sob o assento).

Triumph Tiger Sport - Divulgação - Divulgação
Para-brisa ajustável e defletores são itens que garantem conforto do piloto
Imagem: Divulgação

Impressões

A Tiger Sport é uma moto madura, que ganhou poucos retoques sem alterar suas raízes. A tocada é esportiva e confortável, e o motor está mais suave, sem ecoar o ruído característico do motor de três cilindros. O ronco do escapamento em aço inox é instigante.

Foram mais de 100 mudanças internas no motor, segundo a Triumph. Entre as mais marcantes estão o novo cabeçote de duplo comando com refrigeração otimizada (além de radiador maior); taxa de compressão aumentada (de 12 para 12,25:1) e um sistema de injeção eletrônica aperfeiçoado, inclusive com novos bicos injetores.

Junto do acelerador eletrônico, o resultado é um motor mais "cheio", que oferece força já perto das 4.000 rpm e cresce rápido de giro. Apesar de ganhar apenas 1 cavalo (de 125 para 126 cv, a 9.475 rpm), o torque máximo (10,81 kgfm a 7.000 giros) impressiona, com uma curva mais plana e mais força desde os baixos regimes.

Após rodar cerca de meia hora, o panorama é de uma mecânica que casa melhor com a Tiger do que com a Speed Triple R. Porém, fica a sensação de que poderia haver mais potência. Até por que a restrição para atingir os 140 cv da naked com quem divide seu motor é apenas eletrônica.

Uma bem-vinda evolução é a possibilidade de escolher entre os três modos de condução: Sport, o mais bruto; Road, para condução convencional; e Rain, que reduz a potência para 110 cv, segurada útil em pisos escorregadios. As seis marchas têm engates precisos e um escalonamento adequado a estradas, com a última mais longa – fazendo o motor girar 5.000 rpm a 120 km/h.

Frenagens são potentes, graças ao sistema Nissin com duplo disco dianteiro (de 320 mm), e disco traseiro de 225 mm, bem como pelo ABS preciso.

A proteção aerodinâmica desta Tiger é positiva e longe de ser exagerada. Agrada o conforto ao pilotar, com tanque largo (20 litros) que encaixa bem entre as pernas.