Traxx TSS 250, R$ 9.590, tem preço de Bros e cara de CB
Ter um modelo street de 250 ou 300 cc na garagem é o sonho de muitos motociclistas da categoria de 100/150 cc. Elas oferecem desempenho razoável, conforto e, claro, mais status.
Rodar com uma Honda CB 300R, Yamaha Fazer YS 250 ou Dafra Next 250 significa ter deixado para trás o mundo das motos "pequenas", normalmente utilizadas como ferramentas de trabalho. Para fisgar exatamente esse consumidor, a chinesa Traxx lança no Brasil a TSS 250, que tem como maiores atrativos o design moderno -- o visual lembra muito a linha CB da Honda -- e um preço menor se comparado aos modelos tradicionais do segmento: R$ 9.590 -- equivalente ao da Bros, ainda tendo a Honda como comparação.
As rivais diretas são mais caras: a Honda CB 300R custa R$ 12.736; Yamaha Fazer 250 sai por R$ 13.145 e a Dafra Next 250, R$ 13.790. O consumidor deve saber que a rede de concessionárias da marca é reduzida nas regiões Sul e Sudeste. Segundo Fernando Zhang, diretor comercial da empresa, o plano é passar de 120 para 180 lojas em três anos.
O novo modelo é montado na fábrica da empresa em Manaus (AM) e usa o mesmo motor que a trail Fly 250 -- um cilindro, 223 cc, comando simples e duas válvulas. Alimentado por injeção eletrônica, gera 16 cv (7.500 giros) e 1,7 kgfm de torque (6.000 rpm). Um olhar mais atento percebe o enorme radiador de óleo. O lubrificante tem a função, junto com as aletas, de refrigerar o motor. Câmbio de seis marchas completa o conjunto mecânico.
Harmonia
O visual da moto é harmonioso e oferece alguns "luxos", como as duas luzes espias, em tom azul, que destacam o farol do modelo. Pode não ser unanimidade, mas chama a atenção. A fileira de LEDs abaixo do farol agrada.
Seu painel, que lembra o da miniesportiva Honda CBR 250R, é bem completo, com destaque para o conta-giros analógico -- informações como velocidade, hodômetros, relógio e marcha engatada são vistas por um mostrador digital. Os comandos no guidão são básicos (corta corrente e lampejador de farol alto) e os botões têm acabamento espartano. O sistema de segurança da chave (shutter key) oferece segurança contra roubos.
O tanque de combustível tem capacidade para 15 litros de gasolina -- vale lembrar que as rivais Fazer e CB 300R são flex. A tampa do bocal em padrão aeronáutico, os retrovisores hexagonais e os piscas com lentes de cristal ajudam a reforçar o apelo esportivo. A moto ainda conta com um spoiler sob o motor e piscas dianteiros integrados às aletas do tanque.
Ciclística
A da TSS 250 não traz novidades ciclísticas e segue a mesma receita que as demais motos da categoria: par de bengalas convencionais na dianteira, com curso de 115 mm; e balança com um amortecedor na traseira, com 35 mm de curso e regulagem na compressão da mola. Rodas de liga leve de 17 polegadas calçadas por pneus Maggion Sportissimo (110/70 na frente e 130/70 atrás) e discos em formato margarida nas duas rodas completam o conjunto.
Ficha Técnica: Traxx TSS 250
- Motor: Um cilindro, OHC, quatro tempos, arrefecimento misto com radiador de óleo.
- Potência: 16 cv a 7.500 rpm.
- Torque: 1,7 kgfm a 6.000 rpm.
- Câmbio: seis marchas, transmissão final por corrente.
- Alimentação: injeção eletrônica e partida elétrica.
- Suspensão: dianteira por garfos telescópicos de 115 mm de curso; traseira por monoamortecedor de 35 mm de curso.
- Freios: disco simples, tipo margarida, de 276 mm de diâmetro na frente e 220 mm na traseira.
- Rodas e pneus: 110/70-17 na dianteira; 130/70-17 na traseira.
- Dimensões: 2.066 mm x 753 mm x 1.070 mm (CxLxA).
- Peso: 134 kg (a seco).
- Tanque: 15 litros.
Impressões
A Traxx TSS 250 é uma moto leve. Assim que o botão de partida desperta o motor, o escapamento emite um som grave. Em primeira marcha, a moto mostra ter pouco torque em baixos giros. Em pista plana e fechada, foi possível perceber que ela gosta de trabalhar em altas rotações. É um modelo ideal para pilotos que gostam de usar o câmbio e buscar giros mais altos do motor.
Nessa tocada, a moto mostra vigor. Mas quando os giros ficam lentos, o desempenho também cai. A sexta marcha, portanto, parece ser um exagero. Por falar nisso, o câmbio tem engates precisos.
Garupa e piloto desfrutam de um banco largo com boa camada de espuma. A qualidade do componente só poderia ser avaliada em avaliação mais longa, mas, neste primeiro contato, é possível dizer que o assento foi aprovado. Os comandos de freio e embreagem têm acionamento dócil e não cansam em meio ao trânsito das cidades. A TSS 250 mostra facilidade nas mudanças de direção.
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