Triumph Daytona é mais esportiva, completa e barata que Honda CBR 600RR
Mais compactas e baratas do que os modelos de 1.000 cc, as superesportivas médias ("supersport") são uma boa pedida para quem quer emoção, potência na medida certa e preços mais acessíveis. Duas das mais importantes representantes desse segmento são a renovada Honda CBR 600RR e a nova geração da Triumph Daytona 675.
Infomoto deixou ambas frente a frente para definir qual delas exerce melhor o papel de uma esportiva de 600 cc. Apesar da concorrência, há diferenças cruciais, a começar pelo preço: importada do Japão, a CBR chega ao Brasil por R$ 49.500, na versão mais básica. Montada em Manaus (AM), a Daytona sai por R$ 41.990 já com sistema ABS (antitravamento) nos freios.
Para se ter uma ideia, com o preço de uma 600RR básica é possível comprar a Daytona 675R, versão do topo de linha (R$ 48.690), que inclui suspensões melhores e assistente de troca de marchas sem embreagem.
SENSAÇÃO DE ESPORTIVIDADE
Devido ao peso e potência menores, tanto a CBR 600RR quanto a Daytona são motos divertidíssimas para usar em circuito fechado e também para rodar na estrada. Vantagem da Triumph ao oferecer um conjunto mais esportivo e seguro por um preço consideravelmente menor. Já a CBR tem o conforto como trunfo, pois oferece mais espaço e ergonomia do que a média do segmento para o piloto se acomodar -- enquanto isso, a posição da Daytona é praticamente de corrida, jogando o tronco do motociclista sobre o guidão.
INGLESA FORTE
A configuração básica da Daytona 675 chegou ao Brasil só ano passado, já em sua geração mais nova e com preço bastante competitivo. O motor tricilíndrico de 675 cc é o mesmo de antes, porém com 3 cv extras de potência, chegando a 128 cv (a 12.500 rpm). Chassi e escapamento foram reposicionados para melhorar a distribuição de peso, e as linhas visuais ficaram mais retas e agressivas. A reformulação também deixou a moto 2 kg mais leve que a CBR 600RR -- 167 contra 169 kg.
Também no ano passado, a Honda atualizou sua esportiva média, com visual inspirado na RC 212V. Além das diferenças na carenagem, faróis e lanternas, a 600RR ficou mais larga e aerodinâmica na traseira. Por dentro, o motor é o mesmo tetracilíndrico com duplo comando no cabeçote (DOHC) de 2008.
Em vez de aumentar potência e torque, a marca preferiu reprogramar a ECU (central eletrônica) para melhorar a resposta do acelerador em diferentes faixas de giro, deixando-a mais precisa e controlável. Com isso, continua a ter 120 cv (a 13.500 rpm), porém com bem mais força para empurrar acima dos 10 mil giros.
O fato é que ambos propulsores oferecem força suficiente para andar dentro das velocidades máximas de nossas estradas sem dificuldades. CICLÍSTICA
A Triumph usa suspensão dianteira com garfo invertido de 110 mm de curso, e amortecedor único de 129 mm com reservatório extra na traseira, ambos com regulagem de amortecimento de pré-carga, retorno e compressão de alta/baixa velocidade. É um acerto rígido, que transmite mais as imperfeições do piso e pode incomodar na hora de guiar na cidade.
Já a 600RR possui garfo telescópico -- também invertido -- manualmente ajustável, garantindo progressividade nas frenagens bruscas. Além disso, o amortecedor eletrônico e o comportamento dócil do motor 4-cilindros tornam a supersport da Honda uma motocicleta de excelente maneabilidade e com respostas lineares, totalmente na mão do piloto.
QUAL A MELHOR?
A Triumph Daytona, em geral, é mais arisca e abrupta, o que exige maior sensibilidade no guidão e pedais. Por outro lado, o entre-eixos e ângulo de cáster menores a deixam muito ágil e precisa nas mudanças de direção, permitindo uso de menos esforço na hora de contornar curvas e apontar para as retas. Fora isso, dá um banho em assistências, com embreagem deslizante (previne que a roda traseira salte durante uma redução de marcha brusca) e freios com sistema ABS comutável (liga ou desliga) de série nas duas rodas.
No caso da Honda CBR 660 R, por mais que o conjunto de freios -- discos duplos flutuantes de 310 mm na dianteira, sendo disco único de 220 mm na traseira -- seja eficiente, não consegue suprir tais demandas com a mesma qualidade.
Em resumo, a Daytona 675 é mais potente, leve e barata do que a rival. Na prática, contudo, é difícil julgar o quanto os 8 cv extras dão vantagem real, visto que a máquina da Triumph demonstra mais vigor e torque em giros altos (típico de moto de corrida), enquanto a japonesa vai melhor em regimes baixos e médios.
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