Yamaha cria miniesportiva R3 para competir com Ninjinha e CBR 300R

A Yamaha decidiu ampliar sua gama de esportivas com um modelo de baixa cilindrada. Batizada de YZF-R3, a nova motocicleta chega aos mercados norte-americano e europeu em 2015 com design inspirado em suas irmãs maiores, a YZF-R6 (600 cc) e YZF-R1 (1.000 cc), conhecidas popularmente como R6 e R1.

A pequena superbike carrega motor de dois cilindros (321 cc) projetado para atender aos pilotos europeus da categoria A2, recém-habilitados ou mais jovens.

Seu desenho carrega o DNA da família "R", cujos elementos chaves são a carenagem integral, o duplo farol e a agressiva entrada de ar central. Depois do sucesso da YZF-R125 na Europa e da R25 na Indonésia, a R3 nasce como degrau entre a R125 e a R6. Uma esportiva ágil e utilizável no dia a dia.

MOTOR NOVO
A R3 é equipada com um novo propulsor de dois cilindros em linha, com duplo comando de válvula (DOHC) e arrefecimento líquido. A arquitetura foi escolhida para garantir bom desempenho em baixas e médias rotações junto com uma forte resposta em altos giros. Para isso, os pistões são forjados -- e, segundo a marca, 10% mais leves que os fundidos. Dessa forma, a resposta do acelerador fica mais rápida e eles suportam maiores temperaturas, garantindo maior eficiência.

Para oferecer um controle mais fácil e suave -- especialmente em velocidades baixas e situações urbanas -- tanto a manopla do acelerador quanto sua válvula são equipadas com polias progressivas. Aliadas ao caráter amigável de mapeamento da ECU, as peças garantem respostas previsíveis, tornando a R3 agradável e fácil para pilotos menos experientes.

Com diâmetro e curso dos pistões de 68 mm x 44,1 mm e taxa de compressão de 11.2:1, esse propulsor é capaz de desenvolver até 42 cavalos (a 10.750 rpm) e 3 kgfm de torque (9.000 rpm). O sistema de escapamento, no estilo 2 em 1, é inspirado no da R6 e fica posicionado próximo ao quadro para melhorar a centralização de massa e deixar a moto mais ágil em mudanças de direção.

CHASSI E CICLÍSTICA
O chassi da R3 foi construído utilizando o conhecimento da Yamaha nos mundiais de superbike. Do tipo diamond, os tubos principais são de 35 mm e o motor faz parte da estrutura, sendo fixado em três partes rígidas.

Pesando apenas 169 kg (em ordem de marcha), ela tem curta distância entre-eixos (apenas 1.380 mm) e a altura do banco (780 mm) ajuda a aumentar a confiança dos menos experientes. A fabricante também afirma que sua distribuição de peso, quase 50/50, juntamente com as rodas de 17 polegadas e a boa centralização de massa auxiliam na maneabilidade, tanto na cidade quanto em estradas e pistas.

Outra característica herdada de suas irmãs maiores é a longa balança traseira, que provou ser sucesso na R1. A peça apresenta menor variação na geometria do chassi durante a aceleração, curvas e desaceleração, tornando a pilotagem mais estável. A suspensão traseira, do tipo monocross (monoamortecida), tem 125 mm de curso. Na dianteira, a moto usa garfos telescópicos tradicionais com tubos de 41 mm de diâmetro e 130 mm de curso.

A rodas são equipadas com pneus 110/70 na dianteira e 140/70 na traseira. O trabalho de frenagem fica por conta do disco dianteiro flutuante, de 298 mm de diâmetro e mordido por pinça de dois pistões, e disco simples na traseira, de 220 mm de diâmetro e acionado por pinça de um pistão. O sistema ABS é de série.

Embora prevista para chegar às lojas dos Estados Unidos e da Europa apenas em 2015, a R3 2015 já teve preço anunciado no mercado norte-americano: US$ 4.990 (cerca de R$ 12.500, sem impostos e taxas). Sua meta é tornar o mercado de miniesportivas -- que já conta com a Honda CBR 300R e a Kawasaki Ninja 300 (Ninjinha) -- ainda mais competitivo.