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Honda TRX 420 Fourtrax, R$ 18.900, é ATV sem medo do batente

Roberto Brandão Filho

Da Infomoto

30/05/2014 19h33Atualizada em 30/05/2014 19h33

O mercado brasileiro de quadriciclos (também conhecidos como ATVs) ainda é muito pequeno. Em 2013, foram vendidas apenas 7.000 unidades no país, segundo dados da Honda, com mais da metade destinada ao lazer. Enquanto isso, os Estados Unidos, maior mercado do mundo no segmento, comercializam média de 500 mil por ano, com boa parte sendo usada no ambiente de trabalho.

A fim de mostrar que o Brasil pode expandir seu mercado, especialmente entre pequenos produtores rurais, a Honda lançou nesta semana a terceira geração do TRX 420 Fourtrax. Produzido em Manaus (AM), o modelo será oferecido em duas versões: TM, com tração dianteira e preço em R$ 18.890, e FM, de tração integral, que custa R$ 20.990.

Honda TRX 420 Fourtrax 1 - Divulgação - Divulgação
Uma das vantagens do Fourtrax é passar por trilhas onde utilitários maiores não conseguem entrar
Imagem: Divulgação
Remodelado, o Fourtrax chega para mostrar que não é um mero "brinquedo de fazeda", mas sim uma boa opção a quem quer trocar tratores pesados e caros por um veículo menor e mais versátil. "Além de custar menos, o ATV é capaz de chegar a locais de difícil acesso, onde máquinas pesadas não chegam", explicou Alfredo Guedes Jr., engenheiro da Honda.

Para ele, o consumidor brasileiro "já começou a compreender o viés profissional do quadriciclo". Por isso, a marca japonesa espera praticamente duplicar suas vendas ao fim deste ano, saltando de 3.893 (em 2013) para 6 mil unidades vendidas.

Nas previsões da montadora, a versão FM será responsável por 99% dessa demanda, particularmente por duas qualidades: o avançado seletor de tração, que alterna de forma fácil e rápida entre os 4x2 e 4x4; e o diferencial dianteiro autoblocante, dotado de sensor de torque e limitador de deslizamento, que garante estabilidade em qualquer tipo de terreno.

CAUSA OPERÁRIA
A terceira geração do Fourtrax recebeu mudanças que, segundo a Honda, deixaram-no mais forte e ajudaram a reduzir os custos e o tempo de manutenção, algo essencial para quem quer maximizar seu uso no trabalho. As carenagens dianteiras, por exemplo, passaram a ser formadas por subpeças, e os faróis receberam lâmpadas mais fortes, de 35 watts, para melhorar sua utilização à noite.

Honda TRX 420 Fourtrax 2 - Divulgação - Divulgação
Honda deixou quadriciclo mais forte para aguentar o trabalho pesado, especialmente no campo
Imagem: Divulgação

O chassi agora é de duplo berço e em aço de alta resistência, ficando e 20% mais rígido. Já o sistema de amortecimento ganhou suspensões independentes no eixo dianteiro, com amortecedores de dupla ação, e monoamortecedor com curso aumentado em um centímetro (para 17 cm), melhorando assim a distribuição de peso -- principalmente quando há carga acoplada.

Com isso, o TRX 420 passou a ter capacidade para carregar mais de 600 quilos, sendo 220 kg no interior (peso dos condutor mais 30 kg no bagageiro dianteiro e 60 kg no traseiro) e até 385 quilos no reboque.

Honda TRX 420 Fourtrax 1 - Divulgação - Divulgação
Uma das vantagens do Fourtrax é passar por trilhas onde utilitários maiores não conseguem entrar
Imagem: Divulgação
Apesar de ter a mesma arquitetura do modelo anterior, o motor OHV monocilíndrico de quatro tempos, com 420 cm³, arrefecimento líquido e injeção eletrônica, sofreu alterações no corpo da borboleta e também no sistema de escape, que permitiram um aumento de potência (26,9 cavalos, a 6.250 rpm) e torque (3,4 kgfm, a 5.500 rpm). O tanque de combustível também está com capacidade maior, de 14,4 litros.

Outra novidade é que o alternador passou a gerar até 21% mais energia, o que dá mais liberdade para conectar equipamentos eletrônicos como um celular ou navegador GPS. Além disso,  a versão topo de linha (FM) traz  um novo painel digital de instrumentos, contendo informações como as do horímetro, que marca o tempo de uso e dá avisos de manutenção.

PAU PARA TODA OBRA
Para suprir demandas específicas, a Honda também adapta os quadriciclos, como fez com alguns ATVs usados pelos bombeiros do CETH (Centro Educacional de Trânsito Honda), e com outros comprados para servir a serviços de rotina e segurança da Granja Comary (RJ), base da Seleção Brasileira de Futebol.