Harley Fat Bob 2014, R$ 45.900, tem cara e preço de moto exclusiva
Ao encostar a nova Harley-Davidson Fat Bob na entrada de um estacionamento, o funcionário me pergunta: "Bonita essa moto, foi você quem customizou?”. Em poucas palavras, o rapaz resumiu a intenção da fábrica americana na reestilização para a linha 2014: deixar a moto com cara de unidade exclusiva, feita sob medida.
O preço também foi atualizado e subiu de R$ 43.200 para R$ 45.900 -- na cor Vivid Black, o preto sólido tradicional da marca. Se escolhida uma das três outras opções, Black Denim (preto fosco), Amber Whiskey (tom de marrom) e Sand Cammo Denim (bege), ela sai por R$ 46.250.
As mudanças começam pelas rodas usinadas em alumínio: sai o visual de aço escovado, entra a pintura preta com a inscrição a laser "Harley-Davidson" nas bordas do aro. Os amortecedores bichoque também ganharam cobertura preta, assim como a tampa da bateria, à direita da moto, e o motor V2 Twim Cam 96.
O conjunto óptico com dois refletores, marca registrada da Fat Bob, recebeu aro preto na borda, e as braçadeiras do garfo dianteiro foram escurecidas. Até o logotipo "barra e escudo", típico da Harley, sofreu alterações e agora está pintado em duas faixas, que variam de cor dependendo da versão.
Na traseira, para-lama encurtado e lanterna formada por dois círculos de LED com cobertura plástica definem o estilo. Já a dupla saída de escapamento, mais curta, é uma das únicas peças que manteve o acabamento cromado.
CARA DEMAIS PELA ESTÉTICA
Em geral, a Fat Bob é uma boa motocicleta, pois faz exatamente aquilo a que se propõe. É uma pena que, para se ter acesso a ela, seja preciso pagar um preço tão salgado.
Afinal, as novidades para a linha 2014 no Brasil foram apenas estéticas que não justifica o aumento em relação ao modelo anterior. Enquanto isso, nos Estados Unidos, a família Dyna já está equipada com o novo motor Twin Cam 103...
MOTO COM ATITUDE
No mais, a Fat Bob manteve o visual de moto dos anos 1950, com pneus largos (130 mm na frente e 180 mm atrás), posição de pilotagem relaxada e guidão dragnar fixado ao canote. Os comandos avançados jogam as pernas bem para frente e o banco, com nova cobertura perfurada, ficou mais cavado, com melhor apoio à lombar e reforçando o apelo de uma moto de lazer.
De fato, todas essas mudanças deixaram a Fat Bob com cara de moto customizada, e seu estilo dark atrai olhares por onde passa. É um modelo que vem para agradar jovens em busca de uma moto com atitude, mas ao mesmo tempo mais versátil que as enormes Touring e com melhor desempenho que a linha Sportster. Além de "ser uma Harley", o que para muitos justifica o alto preço cobrado.
SEM PRESSA
As modificações de desenho predominam, já que o conjunto mecânico continua o mesmo do modelo anterior. É uma boa notícia para os fãs, apesar de algumas críticas (muitas injustas) por parte de especialistas: motor Twin Cam 96 (o número remete à medida da unidade em polegadas cúbicas), de 1.585 cm³, câmbio de seis marchas e quadro com garfo telescópico na dianteira e sistema de amortecimento bichoque com ajuste na pré-carga na traseira.
A Fat Bob -- que pertence à família Dyna -- oferece muito torque e ótimo desempenho em seu propulsor bicilíndrico, com a vantagem de não carregar o peso das motocicletas maiores. E, mesmo pesando 320 kg em ordem de marcha, roda bem na cidade, em boa parte pelo desenho esguio do tanque e do nem tão largo guidão.
Além de mais confortável, o novo assento transmite segurança para o motociclista e facilita o apoio dos pés ao chão, já que fica a 69 centímetros do solo. O apoio extra criado pelo novo desenho do banco também é bem-vindo, mas a posição de pilotagem com braços e pernas muito esticados transforma o piloto em uma espécie de "paraquedas" em velocidades mais altas, recebendo muito vento no peito. O motor também vibra bastante em rotações altas, dois fatores que podem incomodar em viagens longas.
Por isso, a Fat Bob é concebida para quem não tem pressa de chegar e quer curtir a estrada, a moto e o belo ronco do V2, emitido pelo sistema de exaustão 2-1-2.
Com consumo médio de 16 km/l aferido durante o teste, mais a capacidade de 18,9 litros no tanque, até que a autonomia foi boa, superando a casa dos 300 quilômetros. Para facilitar, as informações de consumo estão disponíveis no simples painel digital, que também pode mostrar dois hodômetros parciais, relógio, rotação e marcha engatada. Para revezar entre os dados, basta acionar um botão no punho esquerdo.
Em caso de emergência, os freios com disco dianteiro duplo e traseiro simples e sistema ABS integral, respondem com segurança.
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