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Carros e motos compartilham até o nome; conheça exemplos

Carlos Bazela

Da Infomoto

14/03/2014 19h05

Embora o trânsito das grandes cidades faça com que os dois possam ser comparados a tribos rivais brigando por espaço, carros e motos têm muito mais em comum do que se imagina.

Desta vez, não falamos da tecnologia compartilhada entre ambos, mas de algo bem mais simples: o nome.

Sim, montadoras de carros e de motos já tiveram a mesma ideia na hora de batizar suas criações. Seja pela proposta parecida ou simplesmente porque pareceu boa sacada na hora de conceber os modelos.

Confira seis exemplos que acabaram recebendo o mesmo nome. Lembra-se de mais algum caso de homônimos? Comente!

Integra:  Honda (carro e moto)
Aqui, além de partilharem o mesmo nome, carro e moto são da mesma marca -- embora o cupê tenha sido vendido em alguns mercados pela Acura com a alcunha de RSX. O carro chegou primeiro, sendo produzido entre 1985 e 2006, e a moto surgiu no Salão de Motos de Milão (Itália) em 2011. Ela, inclusive, chamou a atenção por reunir características de moto e scooter. O cupê Integra tinha motor de quatro cilindros e 1,6 litro, capaz de gerar até 120 cv. Já seu homônimo de duas rodas usa propulsor bicilíndrico de 670 cm³ e 51 cv, que também é usado por dois modelos: a naked NC 700S e a crossover NC 700X (vendida no Brasil).

C1: BMW e Citroën
Além do nome em comum, nesse caso tanto o carro quanto a moto têm formato arredondado. O Citroën C1 é um compacto vendido na Europa (que acaba de ganhar nova geração, no Salão de Genebra 2014) com motor de três cilindros, como opção mais barata ao conhecido C3. Já o scooter da BMW trazia conceito revolucionário até para os dias de hoje: uma cobertura rígida, com assento com cinto de segurança e parabrisa com limpador. Produzido entre 2000 e 2003, o scooter não foi unanimidade entre motociclistas, mas trazia itens que, mais tarde, seriam de série em motos luxuosas da BMW, como sistema de som e freios com ABS.

California: Moto Guzzi e Ferrari
O nome California é sinônimo de requinte e tradicionalismo tanto em duas como em quatro rodas. Nomenclatura utilizada para o atual modelo de entrada da Ferrari, a linha California estreou no line-up da marca italiana no final da década de 1950. A mais recente, a California T (apresentada em Genebra), utiliza motor V8 de 3,8 litros, 560 cv e 77 kgfm de torque. Assim como suas gerações anteriores, ela pode acomodar o teto junto com o vidro traseiro no porta-malas. A moto batizada de California também é italiana. Feita pela Moto Guzzi desde a década de 1970, ela tem vocação estradeira, motor em "V" com dois cilindros e 1.380 cm³ de capacidade (dados da atual configuração). Este propulsor e capaz de produzir 96 cv e impressionantes 12,3 kgfm de torque. Acelerador eletrônico e piloto automático são atributos que mostram que Moto Guzzi California  também evoluiu com o tempo.

Thunderbird: Triumph e Ford
O Ford Thunderbird foi um dos ícones automotivos da década de 1950 e um dos modelos mais longevos, produzido ininterruptamente entre 1955 e 1997. Mais do que isso, ele serviu como parâmetro para mostrar a evolução dos sedãs norte-americanos desde os "rabo de peixe" até os "quadradões" dos anos 1980 e 1990. Em 2002, a Ford trouxe o modelo de volta com linhas arredondadas que homenageavam o Thunderbird original. O último exemplar do carro foi produzido em 2005. Já o Thunderbird de duas rodas tem origem inglesa, motor de dois cilindros paralelos (1.597 cm³) e estilo custom. Feita pela Triumph, a moto com vocação estradeira está disponível nas versões standard e Storm. Esta última -- à venda no Brasil -- traz como principais diferenças o motor com capacidade aumentada para 1699 cm³, conjunto óptico duplo e pintura fosca.

CrossTourer: Honda (VFR 1200X) e Citroën (C5)
Outro modelo da Citroën a ter um homônimo de duas rodas é a recém-apresentada perua CrossTourer, variação aventureira da C5 Tourer, mostrada no último Salão de Genebra. O carro tem suspensão 15 mm mais alta que o modelo convencional, rodas de liga leve e bagageiro no teto. Sob o capô a Citroën promete várias opções de motores a diesel, com potência estimada entre 115 e 200 cv. No entanto, o termo aventureiro não elimina o conforto, uma vez que um dos itens oferecidos é o massageador integrado ao assento do motorista. Essa proposta de aventura com conforto e tecnologia também é um dos atrativos da Honda VFR 1200X... Crosstourer. Equipada com um motor de V4 de 1.236,7 cm³, a bigtrail tem características para longas viagens, como suspensão de longo curso, monobraço traseiro com transmissão final por eixo-cardã e, principalmente, câmbio com dupla embreagem. O sistema, semelhante ao utilizado por alguns automóveis, elimina o pedal de câmbio e permite que as trocas de marcha sejam feitas automaticamente ou por borboletas nas pontas das manoplas. A Honda Crosstourer vendida no Brasil é importada.

Raptor: Cagiva e Ford (F-150 SVT)
Ainda no campo dos sobrenomes em comum, a Ford usa nomenclatura para uma de suas picapes que já é conhecida no meio das duas rodas. A F-150 SVT Raptor é uma agressiva picape 4x4 com motor V8 de mais de 400 cv. Seu porte abrutalhado, com destaque para a gigantesca grade frontal, traduz sua proposta: não se intimidar com trechos de terra, pedra ou qualquer outra coisa que aparecer pelo caminho. Já a Raptor de duas rodas era uma naked produzida pela marca italiana Cagiva, lançada no início dos anos 2000. Houve duas versões: uma com motor de 645 cm³ e a outra de 996 cm³, ambas na arquitetura V2. A naked apresentava visual exótico, com um farol pontudo embutido na mesma carenagem que englobava os piscas. O destaque ficava para as duas "alças" que uniam o conjunto óptico e o tanque. Curiosamente, a moto também teve uma versão monocilíndrica, de apenas 125 cc, lançada em 2004 -- com linhas convencionais de modelo street, ela foi um dos últimos modelos produzidos pela marca, que encerrou suas atividades há cerca de dois anos.

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