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Yamaha Fazer 150, rival da Titan, manobra bem e escorrega nos detalhes

Roberto Brandão Filho

Da Infomoto

22/11/2013 20h19

Lançada no começo de 2013, a Yamaha YBR Factor 125 surgiu com a difícil missão de quebrar o domínio imposto pela família Honda CG 125 e 150 no segmento até 150 cc no Brasil. A estratégia falhou e veio o marasmo nas vendas. Agora, com a reestilização da Titan, a Yamaha teve de apelar a uma outra resposta e lançou, em outubro, o modelo YS150 Fazer totalmente novo.

Segundo a própria companhia, a meta é alcançar uma fatia de 30% do segmento com a nova 150 cc, disponível em duas versões: SED, que é a topo de linha e tem preço sugerido em R$ 7.890, e ED, um pouco mais básica, que sai por R$ 7.390. Em pouco mais de um mês no mercado, a máquina ocupa atualmente a quarta posição no ranking de vendas da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Apesar de ser uma motocicleta de 150 cc, sua aparência é de moto maior, com um apelo esportivo para atrair um público mais jovem. Assim como todo o projeto, o motor também é novo: SOHC monocilíndrico de 149 cm³, resfriado a ar e flex. Segundo a Yamaha, a Fazer produz 12,2 cv de potência a 7.500 rpm, e 1,28 kgfm de torque a 5.500 giros, tanto abastecida com etanol quanto com gasolina.

FICHA TÉCNICA - YAMAHA YS150 FAZER
+ Preço: R$ 7.390 (versão ED) e R$ 7.890 (versão SED)
+ Motor: monocilíndrico, 149 cm³, refrigeração a ar e flex
+ Potência: 12,2 cv a 7.500 rpm
+ Torque: 1,28 kgfm a 5.500 rpm
+ Câmbio: cinco marchas
+ Alimentação: injeção eletrônica
+ Dimensões: 2.015 x 735 mm x 1.085 mm
+ Peso: 119 kg (a seco)
+ Tanque: 15,2 litros

ÁGIL, MAS COM FALHAS
Em teste pelo trânsito de São Paulo (SP), o modelo se mostrou ágil, já que o guidão curto permite que o condutor manobre sem grandes dificuldades. A arrancada é boa -- embora não seja espetacular -- e o motor entrega bom torque em médios regimes, evitando trocas excessivas de marcha.
 
Com um conjunto de suspensões e sistema de balanceiro do motor eficientes, as vibrações da YS150 não chegam a incomodar, mesmo em velocidades mais altas.
 
Como pontos fracos, é preciso destacar os freios traseiros, que não são tão eficientes. Além disso, o pedal encosta na pedaleira, causando certo incômodo. Quando abastecida com etanol, há relativa dificuldade para dar a partida com o motor frio -- a própria fabricante sugere que os proprietários deixem sempre pelo menos 20% de gasolina no tanque.
 
Também falta um botão "corta-corrente" nos comandos de punho, e o motor continua ligado mesmo se o descanso lateral for aberto. Por fim, a espuma do banco não é muito espessa, causando certo incômodo ao motociclista que conduzi-la por algumas horas seguidas.

ECONÔMICA
Com etanol, a Fazer SED registrou média de 29,1 km/l na cidade, enquanto que, com gasolina, o consumo chegou a 38,6 km/l. Os números são empolgantes se comparados aos registrados pela nova Honda Titan. O modelo está disponível nas cores branca, laranja e azul na versão SED, ou preta e vermelha se for a ED.