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Suzuki traz cinco motos com ABS e até 800 cc para ser mais competitiva

Carlos Bazela<br>Aldo Tizzani

Da Infomoto

16/04/2013 18h28

Após revelar a GS 120 no início do mês, a Suzuki mira agora no segmento na qual é mais conhecida: o de média/alta cilindrada. Sendo assim, a J Toledo, representante da marca no Brasil, resolveu apresentar cinco motos que chegam ao mercado nos próximos meses.

Outra novidade da marca é trazer, pela primeira vez ao país, modelos equipados com freios ABS -- caso da V-Strom 650, GSR 750 e da GSX 1250FA. O mix de lançamentos também inclui a nova geração da superesportiva GSX-R 750 e a naked Gladius, que foi apresentada ao mercado internacional em 2008.

Com as novas motos, que chegam entre os meses de maio e junho, a empresa injeta ânimo em seu line-up e fica mais competitiva em alguns segmentos, principalmente o das nakeds de 600 e 800 cc.

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    Conforto foi um dos pontos levados em consideração durante a reestilização da V-Strom 650

V-STROM
Apresentada na Europa na virada do ano, a nova V-Strom chega ao Brasil na versão equipada com ABS por R$ 34.900. Além do novo sistema de freios antitravamento, a trail recebeu alterações na carenagem e na ergonomia. Os retoques estéticos a deixaram mais esguia do que sua versão anterior e alteraram a forma de encaixe das pernas, criando uma posição de pilotagem mais confortável.

A V-Strom também teve sua proteção aerodinâmica melhorada com estudos realizados em túneis de vento. Desta forma, o para-brisa ganhou novo desenho e agora têm três posições de ajuste. As mudanças também incluíram uma redução no tamanho do tanque de combustível (de 22 litros para 20 l), que resultaram em uma diminuição de peso. A nova V-Strom passou de 217 kg para 214 kg.

O motor manteve a arquitetura de dois cilindros em "V" a 90°, a refrigeração líquida e o duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC). Mas, apesar do curso e diâmetro dos pistões serem os mesmos -- e, consequentemente, a capacidade cúbica também (645 cm³) --, a Suzuki implantou alterações no propulsor para melhorar seu rendimento em baixas e médias rotações. O acionamento das oito válvulas agora é feito por uma mola simples em vez da antiga mola dupla. Segundo a marca, isso reduz as perdas mecânicas e permite uma alimentação mais precisa do motor. A moto chega em maio nas cores azul e branca.

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    Com motor bicilíndrico, a Gladius chega como opção de naked mais "mansa" do que a GSR 750

GLADIUS
Com nome que remete às espadas dos antigos gladiadores romanos, a Gladius chega por R$ 26.990 e é marcada pelo farol excêntrico com um pequeno painel sobreposto. As linhas fluem para um tanque circular e um banco bem desenhado em dois níveis, com baixa distância do solo, que facilita à pilotagem. A rabeta minimalista, com lanterna embutida, completa o desenho.

A moto conta com um motor de dois cilindros em "V" a 90º, de 646 cm³, arrefecido a líquido e com duplo comando de válvulas (DOHC). Para melhorar a combustão, ela equipa cada cilindro com duas velas de ignição e conta com molas simples nas quatro válvulas, que diminuem a perda mecânica e garantem funcionamento mais suave.

A naked é montada sobre um quadro de aço em treliça e a suspensão dianteira traz garfo telescópico convencional com ajuste na pré-carga da mola. Atrás, a balança de formato tradicional e feita em aço tem um único conjunto mola-amortecedor com sete regulagens da pré-carga. Os freios têm disco duplo flutuante de 290 mm de diâmetro na dianteira e de 240 mm de diâmetro na traseira. Ambos com pinças deslizantes de pistão único atrás e duplo na frente. A Gladius poderá ser adquirida nas cores azul, preta e cinza a partir de junho.

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    Aguardada pelos amantes das nakeds, a agressiva GSR 750 virá equipada com freios ABS de série

GSR 750
Totalmente nova, a GSR 750 chega para apimentar ainda mais o segmento das nakeds tetracilíndricas. Traz na manga freios ABS por R$ 36.900. A moto chama a atenção por seu design radical com desenho futurista. Outros detalhes ficam por conta do assento do piloto, cuidadosamente projetado para se encaixar com as tampas laterais do chassi, e do assento de garupa removível.

A GSR 750 usa motor de quatro cilindros em linha e 749 cm³, capaz de gerar 106 cv e 8,16 kgfm de torque. A naked gosta de trabalhar em altos giros, mas também sabe rodar em baixos e médios regimes de rotação, graças à válvula instalada nos tubos de escape, que também melhoram a resposta do acelerador.

Para dar o tom de esportividade, a GSR 750 conta com suspensão dianteira do tipo garfo telescópico invertido com pré-carga da mola, retorno e compressão ajustáveis e balança traseira monoamortecida com link e sete modos de ajuste na pré-carga da mola. Para segurar a moto, freios com disco duplo flutuante de 310 mm na dianteira (também com pinça flutuante de pistão duplo) e disco único de 240 mm na roda traseir, também com pinça flutuante, mas de pistão único. O conjunto conta com o auxílio de ABS. A GSR 750 chega nas cores branca, azul e preta em maio.

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    Menor e mais leve, a superesportiva GSX-R 750 chega às concessionárias em meados de junho

GSX-R 750
Visualmente alinhada com o modelo vendido na Europa, a superesportiva GSX-R 750 passou por um sutil facelift, suficiente para se perceber que não estamos vendo a mesma moto do ano passado. A carenagem lateral foi redesenhada e apresenta menos cortes do que sua versão anterior e o escapamento foi remodelado com saída e protetor de calor diferentes.

A maior mudança, entretanto, está na dianteira: o novo conjunto óptico abandona o formato de "tridente" para adotar um desenho mais compacto e poligonal. As entradas de ar frontais também mudaram e estão menos protuberantes.

Já o propulsor da GSX-R 750 permanece o mesmo tetracilíndrico em linha de 750 cm³ com duplo comando no cabeçote (DOHC) e arrefecimento líquido. Os números também são os mesmos: 150 cv e até 8,8 kgfm de torque.

Embora conserve os 810 mm de altura do assento, a moto está menor e mais leve. Comprimento total, entre-eixos e largura total caíram para 2,030 mm, 1,390 mm e 710 mm, respectivamente. O peso também diminuiu para 190 kg, mas, em contrapartida, a GSX-R 750 está mais alta e distante do solo, com 1,135 mm de altura total e e 130 mm de distância do solo. A nova superesportiva média da Suzuki chega em junho nas cores azul e preta por R$ 49.900.

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    Nova sport touring, GSX 1250FA traz o mesmo motor tetracilindrico que equipa a Bandit

GSX 1250FA
Assim como já acontece com a versão de 650 cc da Bandit, a naked com motor de 1250 cc também passará a ter no Brasil sua versão carenada. Com foco nos praticantes do mototurismo, a Suzuki traz ao país a partir de junho a GSX 1250FA nas cores preta, branca e azul, todas por R$ 39.900.

Esteticamente, o modelo apresenta diversas semelhanças com a GSX 650F: o desenho da carenagem e a posição das entradas de ar são tão parecidos que a única diferença fica por conta dos dois cortes maiores na lateral da moto de 1250 cc.

Por baixo da carenagem está o mesmo conjunto mecânico que compõe as versões naked e "S" da Bandit: o motor com quatro cilindros em linha de 1.255 cm³, de arrefecimento líquido e duplo comando no cabeçote (DOHC), capaz de gerar até 98 cv e 11 kgfm de torque. Se o motor é o mesmo das motos que rodam por aqui há algum tempo, a marca inova no Brasil ao trazer a sport touring com sistema ABS, que chega para auxiliar o conjunto formado por discos duplos de 310 mm de diâmetro na dianteira e 240 mm na traseira.