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Honda CBR 600 RR ganha nova carenagem e fica mais dócil para 2013

Modelo continua sendo a opção mais justa para pilotos novatos no mundo das superesportivas - Divulgação
Modelo continua sendo a opção mais justa para pilotos novatos no mundo das superesportivas Imagem: Divulgação

Carlos Bazela

Da Infomoto

20/12/2012 10h20

Apresentada neste ano, durante a 70ª edição do Salão de Milão, a nova superesportiva média da Honda dividiu os holofotes com a família CB 500 e, ainda assim, conseguiu se destacar por apresentar diversas mudanças em relação à sua versão anterior. Porém, a nova CBR 600 RR conserva algumas de suas principais características: o desempenho forte para causar emoção nas pistas e a docilidade para pilotos que estão dando os seus primeiros passos no segmento.

Visualmente, a moto ganhou outra identidade com o novo conjunto óptico dianteiro. Maiores, os novos faróis continuam divididos pela entrada de ar central e seguem as linhas do "nariz" do modelo, tornando-se parte da dianteira.

As carenagens laterais e a rabeta também mudaram: compostas por dois "cortes" de cada lado, as novas saídas de ar são maiores, auxiliam na dissipação de calor e conferem um visual que lembra o das superesportivas dos anos 1990. Na traseira, a CBR ficou mais larga e passa a contar com duas entradas de ar para melhorar a aerodinâmica.

O tanque foi redesenhado e acomoda melhor o peito do piloto, favorecendo a postura. Segundo a Honda, o novo design deixa o motociclista mais livre para se mover e oferece melhor ergonomia para seus braços e joelhos. O tanque também deixa de abrigar o logotipo pintado da Honda para receber a insígnia circular em tom de vinho que caracteriza os modelos de alta cilindrada da marca.

MESMO CORAÇÃO
Por dentro, a CBR 600 RR é a mesma. O motor de quatro cilindros em linha, com duplo comando no cabeçote (DOHC), de 599 cm³, foi conservado -- de acordo com a Honda, aumentar potência e torque não era o foco. Em vez disso, a marca preferiu melhorar a resposta do acelerador em diferentes faixas de giro para deixar a moto ainda mais precisa e, ao mesmo tempo, mais controlável por pilotos novatos.

Isso foi feito por meio de uma nova programação na ECU. Mesmo gerando os mesmos 120 cv da versão anterior, a atualização do sistema de mapeamento de motor otimiza a mistura entre o combustível e o ar coletado pelo Sistema de Indução Direta de Ar (DAIS), através da entrada localizada entre os dois faróis.

Os freios também são os mesmos: discos duplos flutuantes de 310 mm de diâmetro com pinças de quatro pistões na dianteira e disco único com diâmetro de 220 mm com pinça de pistão único atrás. O sistema Combined ABS, controlado eletronicamente, continua sendo oferecido como opcional, como já acontecia antes.

Da mesma forma que acontece com sua irmã maior de 1000 cc, a 600 RR não conta com controle de tração. Ao que tudo indica, a Honda deverá utilizar a mesma estratégia para o modelo maior, que consiste em empregar o sistema quando for realmente necessário. No caso de um propulsor mais potente, por exemplo.

BOA PARA NOVATOS
A Honda aprimorou a proposta da CBR em oferecer alto desempenho na pista e pilotagem tranquila fora dela. "Ela entrega uma pilotagem incrível em um circuito, mas está mais fácil de ser conduzida pelas ruas. Isso pode soar contraditório, mas a fusão natural desses dois aspectos é o que faz esse novo modelo ainda mais atraente que sua versão anterior", comenta Hirofumi Fukunaga, líder de desenvolvimento do projeto CBR.

Um bom exemplo disso é a nova suspensão dianteira invertida Showa. Embora conserve os mesmo 120 mm de curso, o novo amortecedor tem pistão interno relativamente maior, que garante um intervalo menor de compressão do conjunto. Segundo a Honda, isso resulta em uma pilotagem mais suave e confortável, além de maior estabilidade em frenagens mais bruscas.

Dessa forma, o modelo evoluiu aprimorando suas características marcantes: uma moto indicada para pilotos que estão dando seus primeiros passos no mundo das superesportivas. "Como líder de todo o projeto, nada me daria mais prazer do que estimular os pilotos novos no segmento de superesportivas", reforça Fukunaga.