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Polaris assume comando de participação brasileira de olho no fora-de-estrada

Polaris RZR S 800 é o carro-chefe dos UTVs, modelos para duas pessoas lado a lado - Divulgação
Polaris RZR S 800 é o carro-chefe dos UTVs, modelos para duas pessoas lado a lado Imagem: Divulgação

André Jordão

Da Infomoto

06/12/2012 14h17

A fabricante norte-americana Polaris deixa os importadores de lado e chega ao Brasil com subsidiaria própria. Na bagagem, diversos modelos ATVs (quadriciclos) e UTVs (side-by-side), centro de distribuição de peças e treinamento em Indaiatuba (SP), escritório na cidade de São Paulo e concessionárias espalhadas pelo país. 

A Polaris segue a tendência de marcas premium que deixaram os importadores de lado para "atacar" no momento de bonança da economia brasileira com estrutura própria -- Ducati, MV Agusta e Harley-Davidson são alguns exemplos. A diferença, porém, está na atuação, que foge do padrão duas-rodas e foca no fora-de-estrada.

"O universo off-road no Brasil, apesar de enorme, é pouco explorado. E o brasileiro é apaixonado pelo fora-de-estrada", constata Rodrigo Lourenço, diretor geral da Polaris Brasil.

Os mais antenados -- e os apaixonados por motocicletas -- também devem estar se perguntando da Victory e da Indian, duas marcas de motocicletas pertencentes à Polaris. Lourenço informa que, no momento, não há espaço para a vinda destas marcas.

O QUE VEM
Toda a linha off-road (ATVs e UTVs), com mais de 40 modelos está a disposição dos consumidores. Os preços variam de R$ 9.000 a quase R$ 60.000, para veículos de 50 cc e 850 cc. Suspensão independente, tração nas quatro rodas, injeção eletrônica, refrigeração liquida e, em alguns casos, mais de 80 cv de potência são os trunfos destes veículos para conquistar o consumidor brasileiro.

"O Brasil tem um enorme potencial de mercado para o side-by-side e a consolidação do produto no país é o maior desafio da empresa", explica Lourenço, para quem os quadriciclos já foram bem divulgados ao longo dos 58 anos de existência da Polaris.

O desafio agora será introduzir os side-by-side (UTVs) no cotidiano do brasileiro. Esses veículos -- que lembram pequenos jipes -- têm como característica levar duas pessoas lado a lado ou até quatro ocupantes, como num automóvel.

A tocada é igual à de um carro automático, já que o câmbio é do tipo CVT e o piloto vai sentado atrás do volante. No entanto, a impossibilidade de homologação para a rua deixa esse tipo de veículo restrito ao campo. 

"Acredito ser um veículo ideal para ser usado no agronegócio e para realizar pequenos percursos no campo. Ou até como reboque e transporte de carga", explica Lourenço.

Em 2011, a Polaris comercializou 7.000 unidades de seus produtos, sendo 95% de ATVs e apenas 5% dos UTVs.

PONTOS DE VENDA E ESTRUTURA
Mirando a diversão, já os veículos não são homologados para rodar na rua, a Polaris pretende alcançar a liderança do mercado em dois anos. Para isso, a marca investe na rede de concessionários e já inaugurou revendas em Brusque (SC), Fortaleza (CE), Itupeva (SP) e Ribeirão Preto (SP). 

"A estratégia da Polaris é montar uma rede de distribuição em âmbito nacional e criar mercado para o tipo de produto oferecido pela empresa", enfatiza Lourenço. O executivo ainda salientou que a Polaris pretende abrir mais 15 concessionárias até o final de 2013.

Além disso, o centro técnico de Indaiatuba dará capacitação técnica e disponibilidade de peças para a rede. Já o consumidor terá todo o atendimento (pós-venda) feito pela concessionária, que passará por treinamentos periódicos. 

No entanto, é bom lembrar que todos os veículos da marca são importados dos Estados Unidos e não há, pelo menos por enquanto, a intenção de fabricar, ou mesmo montar (via CKD) os modelos por aqui.