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Honda CB 1100 aposta no básico para conquistar o público

Quadro berço duplo em aço e suspensões convencionais proporcionam uma ciclística equilibrada - Divulgação
Quadro berço duplo em aço e suspensões convencionais proporcionam uma ciclística equilibrada Imagem: Divulgação

Arthur Caldeira

Da Infomoto

10/11/2012 12h00

Pneus, motor, quadro, tanque e um assento. Foi pensando em como unir esses elementos básicos em uma moto que o chefe de design da Honda, Mitsuyoshi Kohama, teve a ideia de criar a CB 1100. Apresentada pela fábrica japonesa para o mercado europeu no último Salão de Colônia, na Alemanha, a CB 1100 nasceu assim: do sonho do senhor Kohama, um motociclista e fã de motocicletas, em criar um modelo original com um desenho atemporal.

O primeiro projeto do designer deu origem ao conceito CB 1100F no Tóquio Motorshow em 2007. A ideia virou realidade mantendo-se praticamente idêntica ao projeto inicial. Agora, a CB 1100 desembarca na Europa depois de uma temporada de sucesso na Austrália. Inconfundivelmente uma Honda, as linhas limpas da naked ecoam o passado da CB 750 Four. Um farol grande e redondo, assim como o tanque arredondado, que traz a asa da Honda como único detalhe, e tampas laterais na cor prata compõe o estilo retrô. Os para-lamas cromados e o escapamento 4-2-1 dão o toque final para despertar a lembrança dos motociclistas mais saudosistas.

A AR OU LÍQUIDA? 
O elemento central da CB 1100 é um belo motor com duplo comando de válvulas no cabeçote. Com refrigeração líquida. “Muita gente gosta e eu, particularmente, adoro o barulho de metal dos motores refrigerados a ar”, explica Mitsuyoshi Kohama. A refrigeração, na verdade, é mista, já que o motor de quatro cilindros em linha, com 1.140 cm³ de capacidade, conta ainda com um pequeno radiador de óleo. Alimentado por injeção eletrônica de combustível, é capaz de produzir cerca de 90 cv e 9,5 kgfm de torque.

Apesar dos bons números de desempenho, a Honda faz questão de afirmar que alta potência não era o objetivo do propulsor, Mas, sim, a suavidade na entrega dessa potência e torque disponível em uma ampla faixa de rotações. E para usufruir desse torque, um câmbio de cinco marchas com embreagem em banho de óleo foi implementado, enquanto a transmissão final fica por conta da tradicional corrente.

EQUILIBRADA
O quadro berço duplo de aço tubular proporciona bastante equilíbrio: tenta ser rígido o suficiente para passar esportividade e conforto na medida certa. Amarrado a ele, soluções tradicionais na suspensão: garfo telescópico convencional de 41 mm de diâmetro, na dianteira; e sistema bichoque com amortecedores Showa na traseira. Ambos ajustáveis na précarga da mola.

Completam a ciclística duas rodas de liga leve de alumínio de 18 polegadas, ambas equipadas com freio a disco: duplo flutuante com 296 mm de diâmetro com pinças de quatro pistões na frente; e simples com 256 mm e pinça única, atrás. O peso total do conjunto é de 248 kg.

MERCADO
Apesar de não trazer nada de novo, além do design retrô, a CB 1100 tem feito sucesso por onde passa. E a aposta da Honda na naked para o mercado europeu é justamente essa. Além dela, existem outras motociclistas puristas que seguem a proposta de moto clássica e divertida para pilotar, como a Triumph Bonneville, por exemplo.

Ainda sem preço definido, a CB 1100 deve ser chegar às concessionárias europeias no inicio do próximo ano em três opções de cores: branca, preta e vinho. Não há previsão do clássico modelo chegar ao Brasil.