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Suzuki Intruder foge da mesmice das motos populares

Idêntica há dez anos e ideal para rodar na cidade, Suzuki Intruder 125 não ultrapassa a faixa dos 100 km/h - Doni Castilho/Infomoto
Idêntica há dez anos e ideal para rodar na cidade, Suzuki Intruder 125 não ultrapassa a faixa dos 100 km/h Imagem: Doni Castilho/Infomoto

André Jordão

Da Infomoto

18/10/2012 08h00

Lançada em 2002, a Suzuki Intruder 125 inovou com um estilo diferenciado em um segmento homogêneo, onde todos os modelos se parecem muito. Dominado pela Honda CG, este nicho do mercado é o mais rentável e disputado pelas fabricantes. Isso porque as motocicletas de 125 cm³ não oferecem grande desempenho, mas preço acessível e economia de combustível.

No segmento em que a Honda CG Titan 125 fez (e faz) história, atualmente há diversas opções: Yamaha YBR 125; Honda Biz 125 e Fan 125; Dafra Riva 150; Kasinski Comet 150 e Mirage 150, Suzuki Burgman, Yes e Intruder 125, além de algumas outras.

DIFERENTE
Os modelos citados, com exceção da Kasinski Mirage 150 e da Dafra Kansas 150, oferecem conjunto semelhante, norteado pela líder CG Fan 125. A Intruder 125 se diferencia nesta multidão. Pode parecer exagero chamá-la de custom, como a própria Suzuki sugere, mas suas linhas de design não seguem a mesmice.

Assento largo e confortável, bagageiro e espelhos cromados, assim como os pára-lamas, painel completo com conta-giros e indicador de marcha, além de rodas de liga-leve e freio a disco de série na dianteira. São os trunfos da Intruder 125 para continuar a ser a motocicleta mais vendida da Suzuki, com 6.893 unidades vendidas de janeiro a setembro deste ano, segundo a Fenabrave. O segundo modelo mais vendido é o Burgman, com 6.128 unidades emplacadas no mesmo período.

MOTOR
Desde seu lançamento, a Intruder 125 vem perdendo potência para atender às leis de emissão de poluentes (Promot 3). Seu motor, ainda carburado, continua o mesmo: um cilindro, duas válvulas, comando simples no cabeçote (OHC) e refrigeração a ar.

Porém o novo carburador Mikuni BS25 com TPS (sensor de posição da borboleta do acelerador) e o escapamento com catalisador fizeram a moto ficar um pouco mais fraca. A potência passou de 12,5 cv a 8.500 rpm, em 2007, para 11 cv a 9.000 rpm em 2012. E o torque diminuiu de 1,19 kgfm a 8.000 rpm para 0,98 kgfm a 7.000 rpm.

Apesar de mais fraca, na cidade a Intruder 125 não deixa a desejar. Muito ágil, a motocicleta tem desempenho dentro de sua proposta, apesar de faltar torque para algumas ultrapassagens. Transita entre os carros com destreza, mesmo um pouco mais larga que a GSR 150i, por exemplo, e ainda permite ao piloto se manter longe do posto de gasolina: a média de consumo girou em torno de 35 km/l -- com capacidade para 10,3 litros no tanque, a autonomia é de aproximadamente 360 quilômetros.

O câmbio de cinco marchas ajuda a aproveitar bem a pouca potência e força produzidas pelo motor e o piloto não sentirá necessidade de realizar muitas trocas -- a não ser em subidas mais íngremes, onde a primeira marcha é sempre requisitada. Nessas condições -- em altos giros -- a vibração do motor chega a incomodar os pés e as mãos. Confira a ficha técnica completa da moto:

Suzuki Intruder 125 2012
+ Motor: Monocilíndrico, OHC, 2 válvulas, refrigerado ar.
+ Potência: 11 cv a 9.000 rpm.
+ Torque: 0,98 kgfm a 7.000.
+ Câmbio: Cinco marchas.
+ Alimentação: Carburador BS 25 Mikuni.
+ Dimensões: 1.945 mm x 815 mm x 1.280 mm (CxLxA).
+ Peso: 113 kg.
+ Tanque: 10,3 litros.
+ Preço: R$ 5.490.

CICLÍSTICA
Na parte ciclística, a Intruder apela a soluções convencionais. Ela traz resistente quadro do tipo diamante com o motor fazendo parte da estrutura. A suspensão dianteira é um garfo telescópico tradicional, mas o destaque fica para o freio a disco de 220 mm de diâmetro, com pinça de um pistão. Enquanto outros modelos trazem freio a disco como opcional, na “custom” da Suzuki ele é item de série.}

Na traseira há uma balança articulada, com dois amortecedores (sistema bichoque), regulagem na pré-carga da mola e freio a tambor. As duas rodas são de liga leve, contribuindo para o baixo peso da moto: apenas 113 kg. O conjunto todo trabalha bem e transmite segurança ao piloto em retas e curvas. Projetadas para o uso urbano, as suspensões têm bom curso e encaram com valentia nossas ruas esburacadas.

A posição de pilotagem ereta, aliada ao banco bastante macio, garantem conforto para o piloto, um dos pontos fortes dessa 125. Quem for na garupa também vai bem, pois suas pedaleiras são fixadas ao quadro e não estão instaladas na balança.

DESIGN DIFERENCIADO
Só o estilo com diversas peças cromadas, como pára-lamas, piscas, retrovisores e escapamento, já é um diferencial em relação a suas concorrentes do segmento de 125 cm³. Além disso, há outros itens “de luxo”, não muito comuns em motos dessa cilindrada. A começar pelo painel bastante completo: velocímetro e conta-giros; luzes indicadoras e também uma útil indicação da marcha engatada. Outro item bastante conveniente é o bagageiro instalado na traseira -- mesmo com aparência retrô, a lanterna e o logotipo Intruder no tanque são novos.

A Intruder 125 pode ser adquirida nas concessionárias da marca e também pelo Consórcio Nacional Suzuki. O preço público sugerido é de R$ 5.490 e as opções de cores são preta, vermelha, azul e verde. Seu preço, aliado ao visual diferenciado e todos os itens de série, fazem dela uma boa opção na hora de escolher qual 125 cc comprar.