Topo

Kawasaki Ninja 300 mira o Brasil com receita de motos de 1000 cc

Ninja 300 está mais forte, mais bonita e ainda mais esportiva - Divulgação
Ninja 300 está mais forte, mais bonita e ainda mais esportiva Imagem: Divulgação

André Jordão

Da Infomoto

13/09/2012 18h42

Há pouco mais de um mês, surgiram fotos na Indonésia de uma Kawasaki Ninja 250 completamente reformulada (saiba mais aqui). O mercado reagiu positivamente às alterações estéticas -- os elogios sobre a moto "bombaram" pelo mundo. Agora, no início de setembro, outra (e melhor) informação chegou oficialmente: o lançamento da Ninja 300, ou simplesmente ZX-3.

Um evento nesta quinta-feira (13), nos Estados Unidos, batizado de "The Ninja Times Square Takeover" apresenta publicamente a nova Ninja 300. Além do visual agressivo, totalmente inspirado na superesportiva ZX-10R, a mini-esportiva da Kawasaki contará com um propulsor totalmente redimensionado, agora com 296 cm³ e 39 cv, freios ABS (opcionais), e até uma embreagem deslizante, característica de esportivas de 1.000 cc.

Muitas novidades elevam a Ninja 300 a outro patamar. Mas a melhor notícia é que ela estará ao alcance do consumidor brasileiro. Como sempre ocorre antes de um lançamento, a Kawasaki realiza promoções do modelo que ficará defasado. No mês passado, a marca reduziu o preço da Ninja 250R de R$ 15.550 para R$ 13.990, um forte indício de que a nova Ninja 300 chegará até o final deste ano em solo brasileiro – a Kawasaki do Brasil não confirma a data de lançamento, mas a motocicleta foi testada e está homologada para rodar em nosso país.

A CONCORRÊNCIA
O segmento das mini-esportivas está cada dia maior. Somente este ano foram lançadas Honda CBR 250 R e Dafra Roadwin 250, dividindo a atenção dos consumidores com as veteranas Kawasaki Ninja 250 e Kasinski Comet GT 250R.

Dados da Fenabrave mostram que a Honda emplacou 544 unidades da CBR 250 R em agosto. A Ninja 250 vem depois, com 289 unidades, seguida por Kasinski 250R, com 222 motos. No acumulado do ano, temos Ninjinha (2.319) e Honda (1.879).

A nova Ninja 300 tem tudo para potencializar ainda mais as vendas da Kawasaki, dependendo, é claro, do preço.

MAIS ESPORTIVA
A Ninjinha chegou com a proposta de ser a esportiva de entrada para o motociclista. Agora, com a nova Ninja 300, a Kawasaki parece afinar seu modelo e oferecer uma moto com cara e alma ainda mais esportiva ao seu consumidor.

O design é inspirado na ZX-10R: o farol é duplo e o volume fica concentrado na parte frontal. Os piscas dianteiros incorporados à carenagem e a nova saída do escapamento deixam clara a intenção em remetê-la a modelos maiores. Novas rodas, com desenho mais atual, e painel reformulado com display digital junto do conta-giros analógico completam o conjunto.

Há também um chassi mais rígido e pneu traseiro mais largo (de 140 mm em vez de 130 mm), além de um assento -- bipartido -- dianteiro mais estreito, priorizando a tocada mais esportiva e sacrificando um pouco o conforto.

Já os freios mantiveram as especificações da Ninja 250: disco em forma de pétala de 290 mm na dianteira e 220 mm na traseira, ambos com pinça de dois pistões. A diferença é que agora há a opção do sistema de freios ABS. O garfo telescópico dianteiro e a suspensão monoamortecida ajustável na traseira completam o conjunto ciclístico da nova Ninja 300.

MOTOR
O novo motor de 296 cm³ tem dois cilindros paralelos, oito válvulas e refrigeração líquida. Para o aumento da capacidade cúbica, o curso dos pistões foi alterado -- de 41,2 mm para 49 milímetros -- e a Ninja 300 agora tem cilindros em alumínio, assim como as motocicletas maiores da marca.

Com essas novidades, o propulsor passa a oferecer 39 cv a 11.000 rpm e 2,8 kgfm de torque a 10.000 rpm. Esses números evidenciam a preocupação da Kawasaki em melhorar a pilotagem urbana, uma condição crítica no modelo atual.

O câmbio de seis marchas atua em conjunto com a embreagem deslizante que, na teoria, torna o acionamento do manete esquerdo mais leve e evita o travamento da roda traseira nas reduções de marcha, característica sempre presente nas superesportivas de um litro.

Ainda preocupada com o comportamento da nova Ninja no trânsito urbano, a Kawasaki encurtou a primeira marcha e alongou a sexta e a relação secundária -- a coroa está com 42 dentes em vez de 43 para melhorar a velocidade final. Todas as alterações deixaram a Ninja 300 três quilos mais pesada (172 kg) em relação a Ninja 250 presente em nosso mercado.