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Moscas brancas automotivas: veja cinco carros zero km difíceis de encontrar

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Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL

02/05/2017 17h10

Repare que em qualquer lançamento de automóvel, independentemente de qual for a montadora, o catálogo do novo veículo sempre vem seguido de um "preços a partir de ...", que designa justamente o valor cobrado pela versão de entrada, a mais barata... e também a menos equipada.

Se é importante para o departamento de marketing das fabricantes dizer que seu carro é mais barato que o da concorrência, considerando os preços iniciais, na verdade muitas dessas configurações mais simples na prática são difíceis ou quase impossíveis de encontrar no estoque das concessionárias.

Servem apenas para dizer que carro X custa tanto, mesmo que 1% das vendas corresponda a esse valor inicial...

Isso é bastante comum quando os carros têm preços que começam na faixa dos R$ 70 mil. Tradicionalmente, quem gasta tanto dinheiro em um veículo costuma estar disposto a desembolsar um pouco mais por comodidades, como transmissão automática, central multimídia e câmera de ré, além de luxos como bancos revestidos de couro.

Moscas brancas

Algumas marcas mantêm em seu portfólio estas versões "capadas", mesmo com baixa demanda de clientes pessoa física, justamente para manter o preço inicial mais baixo (ótimo para a publicidade, afinal), com foco em frotistas e vendas sob encomenda.

Valem lembrar que algumas empresas também oferecem configurações ainda mais básicas, porém com transmissão automática, para atender especificamente portadores de necessidades especiais, que têm isenção de IPVA , ICMS e outros impostos.

Destacamos cinco modelos cujas versões mais em conta são de fato oferecidas ao consumidor final nos sites oficiais das respectivas montadoras, mas na prática são figuras bem raras de se ver nas ruas -- as famosas moscas brancas. 

Eles têm preço bem mais em conta: para alguns pode compensar a ausência de equipamentos desejáveis, dependendo da faixa de preço; para outros, fica sempre o alerta: como se tratam de versões com pouca demanda (e sempre com câmbio manual), acabam se tornando "micos" na hora da revenda, com tendência a maior desvalorização.

As raridades

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    Jeep Renegade 1.8 M/T: R$ 72.990

    Figura rara nas concessionárias Jeep, a versão de entrada do Renegade é chamada simplesmente de... 1.8. Custa R$ 8 mil a menos que a configuração imediatamente acima, a Sport 1.8 (que também tem câmbio manual de cinco marchas). Para justificar o preço menor, dispensa itens como alarme, rack de teto, faróis de neblina e comandos do som no volante. O Renegade "pé-de-boi" também abre mão das rodas de liga leve e traz unidades de aço estampado, com 16 polegadas e sem calotas -- ao menos elas são pretas, o que dá certo arrojo ao Renegade "peladão".

    Principais itens de série: volante com ajuste de altura e profundidade, som com Bluetooth e USB, freio de estacionamento eletrônico (por botão), controles de tração e estabilidade, freios a disco e suspensão independente nas quatro rodas, controlador automático de velocidade, start-stop, Isofix e computador de bordo.

    Ficha técnica: motor 1.8 flex de 139 cv e 19,3 kgfm, câmbio manual de cinco marchas. São 4,23 m de comprimento, 1,79 m de largura e 2,57 m de entre-eixos. Porta-malas tem 273 litros. Leia mais

  • Hyundai Creta 1.6 Attitude M/T: R$ 72.990

    A versão mais básica do Creta é pouco procurada por ter câmbio manual e por detalhes, como a falta de faróis de neblina e do revestimento interno das portas inteiro de plástico. Por R$ 78.290, a versão Pulse conta acrescenta controles eletrônicos de estabilidade, itens praticamente obrigatórios em carros desse preço, bem como faróis de neblina, revestimento de tecido nas portas e sensores traseiros de estacionamento. Por R$ 85.240, o Creta ganha câmbio automático. As configurações com motor 2.0 partem de R$ 92.490.

    Principais itens de série: rodas de liga leve aro 16, barras de teto, monitoramento da pressão dos pneus, Isofix, start-stop, volante com ajuste de altura e profundidade, computador de bordo e som com Bluetooth, USB e comandos no volante.

    Ficha técnica: motor 1.6 flex de 130 cv e 16,5 kgfm, câmbio manual de seis marchas. São 4,27 m de comprimento, 1,78 m de largura e 2,59 m de entre-eixos. Porta-malas tem 431 litros. Leia mais

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    Volkswagen Jetta Trendline M/T: R$ 80.741

    Na configuração de entrada, o Jetta traz o competente motor 1.4 turboflex, que oferece bom desempenho com baixo consumo de combustível, e mimos como espelhos retrovisores aquecidos -- úteis para evitar embaçamento em dias mais frios --, sensor de chave e central multimídia. Mas ele peca pela falta do câmbio automático e ausência de faróis de neblina, além de não ter comandos do som no volante. Para comprar o Jetta com transmissão automática, disponível somente a partir da configuração Comfortline, mais completa e cara, o preço inicial fica mais salgado: R$ 93.936.

    Principais itens de série: rodas de liga leve aro 16, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sensor de chave "keyless", quatro airbags (dois dianteiros e dois laterais), espelhos retrovisores aquecíveis com repetidor de seta, Isofix, central multimídia com espelhamento do celular e descanso de braço dianteiro.

    Ficha técnica: motor 1.4 turboflex de 150 cv e 25,5 kgfm, câmbio manual de seis marchas. São 4,66 m de comprimento, 1,78 m de largura e 2,65 m de entre-eixos. Porta-malas tem 510 litros. Leia mais

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    Honda HR-V LX M/T: R$ 79.900

    Desde o seu lançamento, em março de 2015, até a chegada da linha 2017, em setembro do ano passado, a versão de entrada com transmissão manual do HR-V vinha com rodas de 17 polegadas feitas de aço estampado (com calotas, acredite) e dispensava os comandos do som no volante. Isso mudou e agora todas as configurações do atual SUV mais vendido do Brasil vêm com esses equipamentos de fábrica. Ainda assim, o HR-V LX com transmissão manual é bem difícil de encontrar em estoque na rede de concessionárias (corresponde a 1% das vendas do utilitário, segundo a fabricante). Para levar a mesma versão com câmbio CVT, é preciso desembolsar quase R$ 7 mil a mais: R$ 86.800.

    Principais itens de série: lanternas em LED, rodas de liga leve aro 17, freio de estacionamento eletrônico (por botão), freios a disco nas quatro rodas, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, alarme, som com Bluetooth, USB e comandos no volante, coluna de direção ajustável em altura e profundidade e computador de bordo.

    Ficha técnica: motor 1.8 flex de 140 cv e 17,4 kgfm, câmbio manual de seis marchas. São 4,29 m de comprimento, 1,77 m de largura e 2,61 m de entre-eixos. Porta-malas tem 437 litros. Leia mais

  • Citroën C4 Lounge Origine M/T: R$ 75.590

    Em meados ano passado, com o lançamento da linha 2017, o C4 Lounge passou a ser oferecido em todas as versões exclusivamente com o (bom) motor 1.6 turbo THP, de quase 175 cv de potência. Na versão Origine com câmbio manual, esse motor garante prazer ao dirigir, boas acelerações e retomadas ágeis. Porém, nem tudo atrai na configuração mais acessível do sedã: faltam itens esperados em um veículo que custa mais de R$ 75 mil, como bancos de couro, central multimídia e sensor de estacionamento (ou câmera de ré). Por outro lado, ela oferece luxos como sensor de chave e partida do motor por botão. Com câmbio automático, a versão Origine tem o preço elevado a R$ 84.990.

    Principais itens de série: rodas de liga leve aro 16, som com Bluetooth e comandos integrados ao volante, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, controlador de velocidade, faróis de neblina dianteiro e traseiro, sensor de chave "keyless" e partida do motor por botão.

    Ficha técnica: motor 1.6 turboflex de 173 cv e 24,5 kgfm, câmbio manual de seis marchas. São 4,62 m de comprimento, 1,78 m de largura e 2,71 m de entre-eixos. Porta-malas tem 450 litros. Leia mais