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É tudo mentira: conheça cinco mitos sobre o óleo do seu carro

Lucas Lacaz Ruiz/A1 - 26.02.2011
Imagem: Lucas Lacaz Ruiz/A1 - 26.02.2011

Colaboração para o UOL

30/10/2017 06h00

O óleo lubrificante é um item essencial para o bom funcionamento (e até para ampliar a vida útil de alguns componentes internos) do motor, sendo diretamente relacionado ao consumo de combustível. Na prática, quanto pior a lubrificação, mais o veículo gasta.

Basicamente, ele forma um filme protetor sobre as peças móveis da parte interna do motor, como pistões, anéis e bielas, reduzindo o atrito e ajudando a resfriá-las, exigindo menos energia para movimentar o automóvel -- e consequentemente, menos combustível. Um dos cuidados mais básicos que o dono deve ter é justamente realizar as trocas de óleo nos prazos estipulados pelos fabricantes no manual, sem deixar de utilizar um produto dentro das especificações.

Em relação a motores mais modernos, especialmente os turbo e dotados de injeção direta, os prazos e recomendações devem ser seguidos de forma ainda mais rigorosa, já que essas unidades costumam trabalhar com folgas internas mais justas e sob temperaturas mais elevadas, sendo mais exigidas. Os próprios lubrificantes acompanham essa evolução tecnológica.

Dada a importância da lubrificação, UOL Carros reúne cinco mitos relacionados a óleos lubrificantes para você fazer a manutenção sempre da forma correta e não levar sustos. As dicas têm ajuda de Márcio Kameda, engenheiro da Motrio.

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Daqui para baixo, cuidado: tudo é mito

  • Veículo muito rodado deve usar óleo grosso

    Carros de alta quilometragem devem manter as especificações recomendadas no manual. Óleo mais grosso pode comprometer as características de economia de combustível e de durabilidade do projeto original do veículo. Lubrificante de maior densidade também pode fazer o motor precisar de mais energia para se movimentar, elevando o consumo e forçando componentes internos.

  • Complete o óleo no posto

    A recomendação em relação ao nível do óleo é que ele seja verificado com o motor frio, estando totalmente depositado no cárter -- olhar pela manhã, quando o veículo passou a noite inteira desligado e todo o lubrificante teve condição de escorrer para a parte de baixo do compartimento, é o ideal. Checar o nível com o motor quente é vacilo: como o óleo já subiu, sempre vai parecer que tem menos que a realidade. E vale destacar: excesso de lubrificante pode até danificar o conjunto.

  • Medir viscosidade do óleo com os dedos

    Ainda é comum ver frentista verificando o óleo no posto e colocar uma porção do produto nos dedos para avaliar se a viscosidade está boa. Só que não dá para avaliar a viscosidade dessa forma, mas sim por meio de aparelhos específicos, geralmente encontrados em laboratório. Em casos como esse, para garantir, siga estritamente os prazos e quilometragens indicados no manual, além da especificação recomendada pelo fabricante.

  • Óleo escuro é indicativo de que precisa trocar

    Óleo lubrificante escurecer é algo normal e, em muitos casos, acontece poucos quilômetros após a troca -- o fenômeno ocorre por conta da combustão interna do motor e das altas temperaturas, mas isso não quer dizer que ele está queimado ou já perdeu suas propriedades originais. O que realmente conta, salienta o especialista Márcio Kameda, são os prazos e quilometragens estipulados pela montadora para a troca do produto.

  • Quilometragem é o único fator para troca

    Mesmo carros que rodam pouco e não tenham alcançado a quilometragem indicada para a troca devem ter o produto substituído caso o prazo (tempo) informado no manual já tenha expirado -- vale sempre o que vencer primeiro. Isso acontece porque o óleo tem um período de validade, que varia de acordo com o modelo de veículo e/ou do lubrificante, pois suas características de proteção ao motor vão se perdendo por conta de contaminações e de oxidação naturais. Note que carros com uso severo, como o anda-e-para diário de congestionamentos urbanos, geralmente pedem a troca do óleo na metade do prazo original.

Fonte: Motrio